Cotidiano

Marco do tsunami, navio será destruído no Japão

As opiniões sobre o navio estavam tão divididas que foi necessária uma votação para decidir sobre o futuro da embarcação

Publicado em 13/08/2013 às 11:29

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Um navio de mais de 300 toneladas que havia sido arrastado para dentro de uma cidade no Japão, durante o tsunami de 2011, deve começar a ser destruído ainda neste mês. A decisão foi tomada na semana passada após uma votação e um debate acalorado entre civis e autoridades.

O navio Kyotokumaru havia se tornado um marco de Kesennuma, uma cidade portuária de 70 mil pessoas, e, ao mesmo tempo, uma amarga lembrança a todo o mundo sobre o poder destruidor do tsunami, que matou quase 19 mil pessoas no país.

As opiniões sobre o navio estavam tão divididas que foi necessária uma votação para decidir sobre o futuro da embarcação. Das 14.083 respostas, 68% ou 9.622 pessoas, votaram no mês passado para que o navio fosse destruído. Apenas 16% votaram para mantê-lo.

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Por enquanto, o Kyotokumaru ainda está na cidade no meio de um bairro residencial, com sua pintura azul e vermelha, e suas grandes vigas de ferro (Foto: Lee Jin Man/Associated Press)

A dona de casa Yoshimi Abe, de 72 anos, estava entre as pessoas que queriam se livrar do navio. "É apenas um lembrete constante do terrível desastre", disse ela. "Quando eu caminho ao lado dele todas as manhãs, meu coração dói".

Por outro lado, Shigeru Saito, de 80 anos, votou por manter o navio na cidade. Segundo Saito, o Kyotokumaru era algo que poderia atrair negócios. "Meu filho é proprietário de uma loja perto do Kyotokumaru. Muitos de seus clientes são de fora da cidade e visitam o local para ver o navio", contou.

Por enquanto, o Kyotokumaru ainda está na cidade no meio de um bairro residencial, com sua pintura azul e vermelha, e suas grandes vigas de ferro. Muitas pessoas deixam flores no local, oram e tiram fotos. Outras apenas olham e encaram a embarcação.

A companhia de pesca de Fukushima, proprietária do Kyotokumaru, assinou um contrato com uma organização sem fins lucrativos para reciclar as partes do navio. O processo deve começar a partir das próximas duas semanas.

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