Cotidiano

Márcio França: ‘Eduardo Campos seria o presidente’

Tesoureiro da campanha presidencial do PSB, vice-governador de São Paulo recorda acidente que vitimou o candidato Eduardo Campos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/08/2015 às 01:50

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Atual vice-governador de São Paulo e secretário e Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França era deputado federal e tesoureiro da campanha presidencial do PSB na época do acidente aéreo que matou o presidenciável Eduardo Campos, em 13 de agosto do ano passado.

França estava em Guarujá no momento do acidente. Ele aguardava pela chegada do candidato, que iria pousar na base aérea de Santos e ir para um evento relacionado ao futuro do Porto de Santos.

Naquele dia, o então deputado federal estava sempre com o aparelho celular em mãos. Durante muito tempo tentou contato com Campos e sua equipe. Ao mesmo tempo em que era bombardeado por perguntas a respeito do paradeiro do jato onde estava o presidenciável, não queria aceitar o acidente fatal.

Um ano após a tragédia que mudou os rumos da eleição presidencial de 2014, Márcio França relembra o acidente, garante que o PSB está cobrando os responsáveis pela aeronave e é taxativo: Eduardo Campos seria o presidente do País.

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França fala em defesa de ‘herança’ de Arraes e Campos (Foto: Guilherme Lara Campos/A2 Fotografia)

Diário do Litoral - Passado um ano da tragédia, gostaria que o senhor relembrasse o drama desde quando soube de um problema aéreo e até a confirmação de que na aeronave estava seu amigo e presidenciável Eduardo Campos.

Márcio França
- Foi uma espera terrível, angustiante, porque mantivemos a constante esperança de que o acidente não tivesse atingido o governador Eduardo Campos e sua equipe. Foram centenas de telefonemas da imprensa e autoridades de todo o Brasil querendo confirmar o que não podíamos, justamente porque acreditávamos que Eduardo e equipe poderiam ter escapado. Quando veio a confirmação ficamos arrasados porque tínhamos a consciência de que aquela tragédia tinha mudado os rumos da história do Brasil, além de vitimar pessoas muito queridas e especiais para todos nós.

DL - Não fosse a tragédia, agora, um ano depois, o senhor acredita que o resultado da eleição seria diferente? Acredita que o Eduardo Campos tinha condições de chegar ao segundo turno?

França -
Eduardo Campos seria o presidente do Brasil. Ele tinha condições de vencer a presidente Dilma no segundo turno. Tinha um crescente leque de alianças e estava apenas começando a ser conhecido no Sudeste e Sul do Brasil, justamente as regiões que garantiriam sua vitória. Eduardo traria grande apoio do Nordeste e somaria, no segundo turno, os votos necessários para ganhar a eleição. Seria um presidente diferente, com um olhar desenvolvimentista para o País. Não estaríamos vivendo, com certeza, a crise que enfrentamos hoje, que é uma crise fruto da falta de capacidade política, fruto da falta de uma visão empreendedora e de uma prática de ações modernas de gestão, justamente o que Eduardo tinha de sobra. Ele deixou um legado que saberemos respeitar e aproveitar no futuro do Brasil.

DL - Como o PSB acompanha hoje o caso que tramita na Justiça referente às indenizações das famílias e estabelecimentos atingidos pela aeronave?

França -
O PSB tem cobrado da seguradora da aeronave o ressarcimento dos danos.

DL - Como está hoje o PSB, em nível nacional, um ano após a perda de seu líder?

França -
O PSB se mantém forte e ligado à herança política e moral de Eduardo Campos. O partido se prepara para os desafios que virão com as eleições municipais e depois para as campanhas a governador dos estados e da Presidência da República. Vamos atuar forte em todas as esferas justamente para defender o legado que recebemos de Eduardo Campos e de Miguel Arraes. Temos quadros para levar adiante nossos projetos voltados para melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

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