Cotidiano

Marcia Rosa se alia a Mourão por segurança

Prefeita de Cubatão, assim como o de Praia Grande, quer ações do Estado. Ação de marginais uniu dois partidos opostos em busca de um mesmo ideal: a segurança pública

Publicado em 07/01/2015 às 12:18

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A ação dos marginais por intermédio de arrastões nas praias e abordagens nas zonas urbanas das estradas que cortam as cidades da Baixada Santista conseguiu a inimaginável união de dois partidos completamente opostos — PT e PSDB — em busca de um mesmo ideal: a segurança pública. O ápice da violência ocorreu no período entre o Réveillon e o último domingo (4), envolvendo quatro municípios.

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Ontem, a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, engrossou as fileiras do prefeito Alberto Mourão por dias mais seguros na Região. Rosa tem feito solicitações constantes ao Governo do Estado de São Paulo para o reforço de efetivo e melhorias na segurança pública. Um novo ofício foi enviado esta semana pelo secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania, Armando Campinas Reis Júnior, ao comando da Polícia Militar (PM).

Em todos os pleitos ao Estado, a Municipalidade tem enfatizado que pelas vias que cortam Cubatão passam milhares de pessoas, que utilizam com frequência serviços municipais. “Nosso Hospital Municipal recebe as vítimas de acidentes nas rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). Além disso, nesse período de alto fluxo de veículos, aumentam os casos de assaltos, sobretudo no trecho de descida da Anchieta, na região das cotas, que foram desabitadas pelo programa estadual da Serra do Mar. Esses fatores demonstram a necessidade permanente de reforço na segurança em Cubatão. Continuaremos cobrando mais atenção ao Município”, garante Reis Júnior.

Outro agravante é que a Cidade não foi contemplada pela Operação Verão, ação que amplia o número de policiais nas cidades do litoral paulista durante a alta temporada. “Para se chegar às praias de Santos e do Litoral Sul, é preciso passar por Cubatão, que não possui praias, mas tem diversos atrativos turísticos e grandes parques ecológicos. Além disso, nossos 125 mil habitantes não podem ser excluídos de seu direito constitucional à segurança pública. É preciso que as autoridades estaduais tenham um olhar metropolitano e coíbam essa escalada preocupante da violência na Baixada Santista”, completa a prefeita.

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“Cubatão não pode mais ficar excluída dos projetos estaduais de segurança pública” (Foto: Matheus Tagé/DL)

Outras demandas

Outro problema relatado pela Administração ao comando regional da Polícia Militar diz respeito ao serviço telefônico 190. De acordo com relatos de munícipes encaminhados à Ouvidoria Municipal, o tempo de resposta aos chamados tem sido demorado. “Temos recebido reclamações sobre falta de uma resposta imediata e satisfatória aos chamados de urgência feitos à Polícia e Corpo de Bombeiros. Em um dos casos, a chegada dos bombeiros a um episódio de incêndio ocorreu somente após 44 minutos, quando os próprios moradores já haviam apagado o fogo do local. É mais um ponto a ser verificado pelas autoridades estaduais, que precisam não só reforçar o efetivo, mas melhorar as condições de trabalho dos seus profissionais”, afirma Reis Júnior.

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A prefeita salienta que o problema tem caráter regional, agravado pelos recentes episódios de violência no trecho Praia Grande - São Vicente do SAI. “Estamos apenas no início da alta temporada e já temos visto diversos assaltos e transtornos em toda a Região. Hoje (ontem) mesmo a Usiminas foi vítima de mais uma grave ação da criminalidade. É preciso uma ação imediata e que contemple todas as nove cidades da Baixada. Cubatão não pode mais ficar excluída dos projetos estaduais de segurança pública”, finaliza.

Mourão

Ontem, o prefeito Alberto Mourão foi o único da Região a contestar a segurança oferecida pelo governo Geraldo Alckmin. 

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“Não dá mais para tratar a Região como especial apenas no verão. Está na hora de rever o número de efetivo de forma geral e fixa. Não adianta trazer 300 homens no verão, mas não fazer um novo desenho do quadro fixo sem levar em conta os que se aposentam, saem para outras áreas, tiram licença”, opinou Mourão.   

O prefeito garante que as prefeituras estão no limite. “Temos 315 homens no efetivo e este ano serão chamados mais 100 que estão prestando concurso. Mas não vão ser guardas municipais que vão correr atrás de traficantes e de apreender armas. Não é sua atribuição. Não dá mais para pensar em litoral apenas no verão. Bastaria que as prefeituras fossem consultadas. Temos números de coleta de lixo, contas de luz e de água que demonstram que a taxa de ocupação dos imóveis de veraneio cresceu muito e o ano inteiro”.

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