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Cerca de três mil pessoas participam da Marcha da Maconha e descem a Rua Augusta, no sentido Centro, na tarde deste sábado, 26, em São Paulo. A via está completamente interditada. O trajeto previsto passa pela Augusta e Consolação, terminando na Praça Roosevelt. O grupo, que se concentrou por uma hora no vão livre do Masp, deu início ao ato por volta das 16h30. Até agora, o protesto segue tranquilo. A Polícia Militar acompanha a manifestação de longe, apenas interditando a rua.
Os manifestantes gritam "Coxinha é que faz mal, maconha é natural", "Legalize já, para não morrer, para não matar", "Sou maconheiro com muito orgulho", entre outras frases. De outro lado, gritam também os ambulantes da Augusta, mostrando que têm senso de oportunidade: "É cerveja com gosto de maconha!".
Entre os manifestantes, há um grupo que planejou uma ação diferente para o ato: mandar um baseado gigante de maconha para "viajar". Eles pretendiam mandar para o céu um enorme baseado de maconha com a ajuda de 420 balões de gás.
Os organizadores distribuem folhetos com orientações de segurança para a marcha, como não cair na provocação da polícia e o que fazer em caso de prisão. O ato terá um cordão de pessoas de mãos dadas do início ao fim e os organizadores pedem que os participantes não quebrem a corrente.
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No folheto, há ainda orientações sobre o uso de drogas. "Não porte substâncias ilícitas. A gente ainda não legalizou!", diz o texto. No entanto, já há grupos de manifestantes fumando maconha.
Dez mil
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Os organizadores da marcha esperam mais de 10 mil pessoas no ato deste sábado. "A última marcha, em 6 de junho do ano passado, teve 10 mil pessoas. Agora estamos em 2014, pós-junho, então acreditamos que a quantidade de gente vai ser bem maior", disse a estudante de Gestão de Políticas Públicas Thaisa Torres, de 23 anos, uma das organizadoras da marcha.
Ela considera que o fato de a manifestação acontecer já é um avanço. "Em 2011, fomos vítimas de uma ação arbitrária da PM, que julgou que a manifestação fazia apologia ao uso da maconha. Mas depois o STF disse que era um ato legítimo."
Sobre o fato de muitos manifestantes estarem fumando maconha, apesar da orientação para que isso não acontecesse, a organizadora admite que a repercussão pode não ser positiva. "A gente passa essa orientação, mas as pessoas invariavelmente fumam. Pode não ser o ideal, mas é o jeito de alguns de se manifestarem. O fato de estarem fumando aqui só mostra como está a situação hoje, que é justamente o que a gente quer mudar."
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Policiamento
Já posicionada em frente ao Masp, a Polícia Militar vai atuar com um efetivo de 120 policiais na Marcha da Maconha. "Vamos fazer um acompanhamento a distância, porque essa manifestação provavelmente será pacifica. Geralmente eles dançam e fazem coisas diversas", explicou a capitã Sheila, que está no comando da operação. Ela garantiu que não haverá policiamento nas laterais, como aconteceu em outras manifestações recentes. "Só fazemos isso quando há black blocs. Hoje vamos apenas fazer a interdição da via", garantiu.
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Sobre os usuários de maconha durante a Marcha, a capitã afirmou que "a legislação não mudou e que providências podem ser tomadas", mas admitiu que não é esse o foco da operação. "Vamos ficar mais na orientação e agir apenas em situações mais graves e casos de quebra da ordem." A operação conta ainda com 20 motocicletas e dez viaturas de força tática.
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