Cotidiano

Maracanã terá protestos e 10 mil policiais na final deste domingo

Outros 7.400 militares do Exército, Marinha e Força Aérea vão reforçar a segurança em pontos estratégicos da cidade

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/06/2013 às 19:51

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Dois grandes protestos estão marcados para este domingo nas imediações do Maracanã, palco da final da Copa das Confederações. Apesar de não haver estimativa do número de participantes, o efetivo policial já está fechado: cerca de 10 mil policiais serão empregados no esquema de segurança, o maior já planejado para um evento esportivo na história do País. Outros 7.400 militares do Exército, Marinha e Força Aérea vão reforçar a segurança em pontos estratégicos da cidade.

Os manifestantes planejam se concentrar na praça Saens Peña, a cerca de 1,7 km do estádio, em dois horários: às 10 horas e às 15 horas, e de lá seguir para o Maracanã. Os atos são organizados pelo Comitê Popular da Copa e por uma plenária do Fórum de Lutas, que reúnem diferentes movimentos sociais. Também circula pela internet um roteiro com dez diferentes pontos de concentração, que incluem praças, shopping centers e estações de trem e metrô próximas ao estádio, que terão a segurança reforçada.

Os grupos irão protestar contra o "processo de privatização e elitização do Maracanã", contra a derrubada do estádio de atletismo Célio de Barros, do parque aquático Júlio Delamare e da escola municipal Friedenreich, além do fim das remoções provocadas pela Copa e os Jogos Olímpicos (como é o caso da Vila Autódromo, na zona oeste, que dará lugar ao Parque Olímpico). Na pauta de reivindicações, está também um pedido de apuração do orçamento das obras de infraestrutura nas cidades-sede e nos estádios.

Para Júlio Anselmo, um dos organizadores do Fórum de Lutas e representante do DCE da UFRJ, este não será o último protesto na cidade. "O ato do dia 30 vai encerrar a Copa das Manifestações, mas vamos continuar as mobilizações. Vamos continuar os questionamentos aos governos. A gente agora não vai sair da rua. É a tarefa dessa geração mudar o Brasil".

Cerca de 10 mil policiais serão empregados no esquema de segurança (Foto: Genilson Araújo)

Não há divulgação de estimativa de participantes do ato. Pelas redes sociais, cerca de 20 mil pessoas confirmaram presença, mas integrantes esperam reunir "não menos do que 100 mil pessoas", ou ao menos um público maior do que o do último protesto em Belo Horizonte, que reuniu 60 mil. "Nossa intenção é chegar em frente ao Maracanã. Estamos lutando por direitos e a liberdade de manifestação não pode ser controlada. Caso haja bloqueio, a orientação é não furar. A região é residencial, esperamos que a polícia não provoque um terror na Tijuca", disse Marcelo Edmundo, um dos integrantes do Comitê que atua desde antes dos Jogos Pan-americanos e foi formalizado em 2010.

Serão montadas barreiras policiais em um raio de 2 quilômetros do Maracanã. Somente quem tiver ingresso para o jogo será autorizado a passar. As ruas ao redor do estádio serão interditadas ao tráfego às 14 horas. Todo efetivo de 1,2 mil do Batalhão de Choque estará de prontidão nos arredores do estádio, com grande aparato: veículos blindados, armamentos não letais e apoio de helicóptero. A tropa de cavalaria também será empregada

Os últimos detalhes do plano foram fechados nesta sexta-feira, em reunião entre representantes da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça e do governo do Estado. Serão cerca de 6 mil policiais militares, mil agentes da Força Nacional de Segurança (FNS), 800 policiais federais, além de guardas municipais e policiais civis e rodoviários federais. Cerca de 300 homens da FNS que estavam nas outras cinco cidades-sede da Copa das Confederações já chegaram ao Rio de Janeiro e devem ficar na cidade até o término da Jornada Mundial da Juventude.

"Os nossos policiais estão orientados para evitar provocação, para ter o máximo de tolerância possível. Uma orientação muito clara do comando da PM é para evitar ao máximo qualquer tipo de utilização de bala de borracha. A gente vai ter o máximo de tolerância para evitar qualquer tipo de confronto", afirmou o coronel Frederico Caldas, porta-voz da PM.

A Defesa vai contar com 5.500 militares do Exército, 1.300 da Marinha e 600 da Força Aérea Brasileira, que vão trabalhar no entorno do Maracanã, na zona portuária e nos aeroportos Tom Jobim, o Galeão, e Santos Dumont.

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