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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira, 4, que a inflação está caindo numa velocidade maior do que a que o mercado financeiro esperava. Ao negar que a mudança do IOF para empréstimos externos foi feita para ajudar no controle da inflação, Mantega destacou que o "câmbio em si tem de ter o seu equilíbrio e, em relação à inflação, ela está caindo, principalmente de alimentos".
"Em todos os indicadores econômicos há uma queda da inflação. Ela ocorre numa velocidade maior do que o mercado estava esperando. Temos uma redução de habitação, de alimentos", afirmou. Segundo ele, "praticamente" todos os alimentos estão caindo, inclusive carnes e legumes e hortifrutigranjeiros de modo geral. "É claro que sempre tem um vilão, um produto que escapa a isso e tem a sua realidade sazonal. Mas, de modo geral, a inflação está caindo. Em abril caiu, em maio caiu e vai continuar caindo em junho", previu.
O ministro avaliou ainda que a economia tem a sazonalidade e que nunca tem um trimestre igual a outro. "Tem um trimestre que a economia cresce menos e depois nos outros trimestres a economia cresce mais", avaliou. Segundo ele, ao longo do ano haverá uma reversão do quadro de menor crescimento. "Teremos um crescimento maior em outros trimestres. Exatamente quando será eu não sei, porque não é uma regra. Cada ano é um pouco diferente do outro ano e depende de condições específicas. Mas as condições estão sendo dadas", afirmou. Para ele, a queda da inflação é muito importante para que criar condições de uma expansão da demanda e do comércio.
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"Quando cai a inflação do jeito que ela está caindo, o poder aquisitivo da população é restabelecido e ela pode decidir comprar mais e ativar o comércio. E é isso que eu espero que esteja acontecendo nesse segundo trimestre do ano", afirmou.
Câmbio
Mantega reafirmou que a taxa de câmbio já está numa situação estável há seis meses. "Eu estou afirmando a partir da realidade. Eu não estou supondo. Há seis meses o câmbio está bem estável. É claro que tem algumas flutuações, tem momentos em que acontece alguma coisa lá fora. Mas há uma estabilidade. Tanto que se pegar (a cotação) de seis meses o real se valorizou", avaliou. Para ele, esse cenário deve continuar.
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