Cotidiano
Ato contra vandalismo de bolsonaristas em Brasília seguiu da avenida Paulista até a praça Roosevelt; um homem foi detido com arma falsa
Ato foi realizado em resposta à invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília, ocorrida no domingo (foto de arquivo) / Reprodução/Youtube/Metrópoles
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Um protesto contra os atos golpistas deste domingo (8), em Brasília, reuniu manifestantes em defesa da democracia na noite desta segunda (9). A marcha, iniciada na avenida Paulista, em frente ao Masp, seguiu pela rua Augusta em direção à praça Roosevelt, na região central de São Paulo.
A Paulista foi bloqueada nos dois sentidos. Polícias militares acompanharam de longe -durante a concentração, os agentes ficaram parados do lado oposto ao Masp, na calçada do parque Trianon.
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O ato pedia que não seja dada anistia aos golpistas, que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal). Estimulados pelo discurso antidemocrático do ex-presidente Jair Bolsonaro, os vândalos não aceitam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu no dia 1º de janeiro o seu terceiro mandato na Presidência.
Com faixas e cartazes, manifestantes pediam "cadeia para Bolsonaro e seus generais" e "terroristas na cadeia" e cobram punição a quem financia os atos golpistas. As críticas ao ex-presidente também são entoadas em gritos como "Ei, você aí, avisa o Bolsonaro que o sigilo vai cair".
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O ato foi convocado por sindicatos e movimentos sociais como Frente Brasil Popular, Povo sem Medo, Coalizão Negra por Direitos e Convergência Negra - Unidade contra o Racismo.
Houve também convocação por parte de torcidas organizadas -a chegada de integrantes da Gaviões da Fiel foi celebrada por parte dos manifestantes. A Mancha Alviverde, do Palmeiras, a Dragões da Real, do São Paulo, e a Torcida Jovem do Santos também participaram do protesto.
Também havia bandeiras de partidos políticos, como PSOL e UP. Mensagens de apoio ao presidente Lula são vistas e ouvidas ao longo da marcha, que também era acompanhada por uma grande faixa estendida por entidades estudantis com os dizeres: "Democracia e paz". Uma bandeira do Brasil também pôde ser vista do alto.
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A PM não divulgou estimativa de número de participantes. Nas redes sociais, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL), que discursou no protesto, falou em mais de 50 mil manifestantes.
Durante a concentração, ao som de músicas do grupo de rap Racionais MC's e de artistas da MPB, os manifestantes se misturavam na avenida Paulista a ambulantes, que vendem toalhas, faixas e bandeiras com o rosto de Lula.
Vereador por São Paulo e deputado estadual eleito para a nova legislatura, Antônio Donato (PT) afirmou à reportagem que o ato busca repudiar qualquer tentativa de desestabilizar a democracia. "Não é possível acontecer o que aconteceu e não ter representantes nas ruas", disse.
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Quem também participou do protesto foi o recém-empossado ouvidor da Polícia de São Paulo, professor Claudinho Silva. Segundo ele, representantes da ouvidoria estão no local para acompanhar e mediar a relação entre os coordenadores do ato e a Polícia Militar.
Mais cedo, cerca de 800 pessoas se reuniram na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), para também repudiar os ataques golpistas e defender a democracia.
Aplaudido de pé, o reitor da universidade, Carlos Gilberto Carlotti Junior, declarou: "Não há nem haverá anistia".
"A depredação só serviu para cobrir nossa pátria de vergonha. Não podemos, de forma nenhuma, deixar prevalecer a impunidade", afirmou.
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