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Manifestantes pró-Rússia invadiram sedes do governo ucraniano, neste domingo, em diversas cidades ao leste do país. Locais onde o sentimento separatista desencadeou uma série de protestos desde que o presidente pró-Moscou, Viktor Yanukovich, foi deposto, em fevereiro.
Em Donetsk, a 80 quilômetros a oeste da fronteira com a Rússia, um grande grupo de pessoas, que incluía muitos com máscaras e carregando paus e pedras, invadiu um prédio do governo local e quebrou janelas.
O grupo carregava bandeiras da Rússia e discursos foram ouvidos a partir de uma varanda, com uma faixa com os dizeres "República Donetsk". Ativistas dentro do edifício reivindicaram um referendo para a junção da província de Donetsk à Rússia.
Em Luhansk, a nordeste de Donetsk, centenas de pessoas cercaram a sede local do serviço e segurança. Um grupo, inclusive, escalou a fachada do edifício para colocar uma bandeira russa no telhado. A mídia ucraniana informou que os manifestantes atiraram ovos e pedras no edifício.
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Desde que a Crimeia aprovou um referendo de anexação à Rússia, em março, novos referendos similares surgem ao leste do País.
No Leste da Ucrânia está concentrado o suporte a Viktor Yanukovych. Cerca da metade dos moradores da região são russos étnicos e acreditam que as autoridades ucranianas são nacionalistas, que irão oprimir os russos residentes no país.
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O governo interino da Ucrânia nega que infringe os direitos da população russa étnica e acusa Moscou de tentar causar instabilidade. A Rússia moveu uma vasta tropa para áreas próximas da fronteira com a Ucrânia e existem fortes temores de que o leste do país poderia ser usado como pretexto para uma incursão russa.
Em comunicado, o governo do presidente Oleksandr Turchinov informou que foi cancelada uma visita à Lituânia nessa semana, para assumir o controle da situação no Leste da Ucrânia.
O ministro do interior, Arsen Avakov, escreveu, em sua conta no Facebook, que a Rússia é a culpada pela turbulência. "(Vladimir) Putin e Yanukovych ordenaram e financiaram outra série de agitação separatista no leste", disse. "Não foram muitas pessoas que se reuniram, mas eles estão se tornando agressivos. Em Donetsk, a multidão trouxe crianças e mulheres para o ataque".
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Avakov acrescentou que a situação voltará ao controle sem sangue.
Neste final de semana, autoridades ucranianas disseram que haviam detido um grupo de 15 pessoas armadas, que planejava atacar a província de Luhansk. O serviço de segurança da Ucrânia informou que apreendeu 300 metralhadoras, um antitanque lançador de granadas, um grande número de granadas, cinco pistolas e bombas incendiárias.
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