Cotidiano

Manifestantes desafiam governo francês e protestam contra Israel

Os confrontos colocam em destaque os dilemas diante do governo do presidente François Hollande, do Partido Socialista

Publicado em 19/07/2014 às 15:43

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Milhares de manifestantes saíram às ruas de Paris, em desafio a uma proibição do governo francês, para protestar contra a nova ofensiva militar de Israel contra o território palestino ocupado de Gaza. Houve confrontos violentos entre manifestantes e policiais e dezenas de pessoas foram presas.

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Imagens da TV francesa mostraram um pequeno número de manifestantes atirando pedras e a polícia usando gás lacrimogêneo no distrito de Barbès, perto do centro da capital francesa. Segundo um porta-voz da polícia, até o fim da tarde 33 pessoas haviam sido presas por atirar projéteis e atacar policiais. Ele disse não saber se havia feridos.

Os confrontos colocam em destaque os dilemas diante do governo do presidente François Hollande, do Partido Socialista. Hollande tem enfrentado críticas fortes na França, o país com a maior minoria muçulmana da Europa, por não ter assumido uma posição contrária à ofensiva militar de Israel contra os palestinos em Gaza.

Ao mesmo tempo, Hollande está sendo pressionado por outros setores da população francesa, que culpam as minorias étnicas e os imigrantes pela criminalidade. O partido Frente Nacional, de extrema direita, viu seu apoio crescer ao acusar o governo de ser tolerante com o crime e com a imigração ilegal.

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Milhares de manifestantes saíram às ruas de Paris, em desafio a uma proibição do governo francês, para protestar contra a nova ofensiva militar de Israel contra o território palestino ocupado de Gaza (Foto: Thibault Camus)

Os confrontos deste sábado aconteceram no final de uma manifestação que havia sido convocada por várias organizações políticas, entre elas o Novo Partido Anticapitalista, de esquerda, apesar da proibição anunciada na sexta-feira.

Pela manhã, Hollande disse a repórteres que os grupos que organizaram a manifestação têm outras maneiras de manifestar suas opiniões. "Aqueles que querem protestar a qualquer custo serão responsabilizados", afirmou. 

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