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Dezenas de milhares de manifestantes antigoverno se reuniram na capital do Paquistão, Islamabad, nesta sexta-feira, logo após a chegada de comboios conduzidos pelos dois principais líderes do protesto: Imran Khan, um antigo astro do críquete que se tornou político, e Tahir-ul-Qadri, um clérigo contrário ao Taleban. A segurança foi reforçada na cidade, com os temores de mais um tumulto em um país com longo histórico de caos na política e golpes militares.
As manifestações representam o maior desafio do governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif. Os manifestantes deixaram a cidade de Lahore na quinta-feira, prometendo marchar até a capital e acampar até que suas demandas por um novo governo sejam atendidas.
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Apesar da chuva e da escuridão, o grupo só aumentou desde que chegou a Islamabad, logo antes das 16h (de Brasília). A polícia estima que 60 mil pessoas estejam participando do protesto. Os manifestantes se reuniam em um clima festivo, hasteando bandeiras nacionais e de partidos e dançando ao som de tambores.
Enquanto se aproximava do aeroporto de Islamabad, Imran Khan mandou uma mensagem na rede social Twitter dizendo que estaria rodovia de Kashmir, a principal da cidade. "Sharif deveria ter sua renúncia preparada", ironizou. Um porta-voz de Tahir-ul-Qadri afirmou que o clérigo faria um discurso no sábado para pedir a retirada do primeiro-ministro e sua prisão imediata.
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Sharif disse que está pronto para se encontrar com seus oponentes, mas não indicou se iria deixar o cargo. Seus críticos o acusam de fraudar as eleições nas quais foi eleito, no ano passado.