Cotidiano
O grupo é contra a transferência do Hospital Universitário para a Secretaria Estadual de Saúde, proposta do reitor Marco Antonio Zago para sanar os problemas orçamentários da universidade
Continua depois da publicidade
Cerca de 150 funcionários da Universidade de São Paulo (USP), de acordo com a Polícia Militar, interditam neste momento o sentido centro da Avenida Rebouças, zona oeste da capital paulista. Os manifestantes saíram da Cidade Universitária, por volta das 9h30, e seguem em direção à Faculdade de Medicina da USP. O grupo é contra a transferência do Hospital Universitário para a Secretaria Estadual de Saúde, proposta do reitor Marco Antonio Zago para sanar os problemas orçamentários da universidade.
Os servidores da USP estão em greve desde 27 de maio e temem prejuízos tanto para o hospital quanto para os pacientes, caso a desvinculação seja aprovada. “O risco que a gente tem é de ser transferido e a secretaria [de Saúde] colocar pessoas com custo mais baixo, com salários menores, aqui dentro”, disse Rosane Meire Vieira, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
Continua depois da publicidade
O diretor do Departamento Médico do Hospital Universitário, José Pinhata Otoch, também é contra a desvinculação. “A reitoria argumenta que o ensino é dado nos hospitais do Sistema Único de Saúde de forma adequada. Nós temos muita divergência em relação a esse ponto. O ensino aqui é feito de forma muito bem estruturada. Nenhum aluno ou residente faz algum ato médico sem supervisão direta. Isso é um diferencial que precisamos discutir”, declarou.