Desde o início do ano, a redução nas cotações chegou a 23% / cottonbro studio/Pexels
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Neste final de janeiro, o preço do mamão papaia vem registrando quedas sucessivas no atacado da Ceagesp, a maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul.
Desde o início do ano, a redução nas cotações chegou a 23%. E, na comparação com janeiro de 2024, o papaia está quase 32% mais barato. Os dados são Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp.
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O mamão é uma fruta tropical originária do sul do México e América Central. A fruta foi introduzida no Brasil pelos portugueses em 1587.
Até a década de 1970, São Paulo foi um dos maiores produtores nacionais, mas uma virose conhecida como mosaico atingiu os pomares paulistas e fez com que a plantação migrasse para o Pará, o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo.
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A fruta é rica em água (85%) e contém licopeno, vitamina C e folato, sendo benéfica para a saúde, especialmente para gestantes. O licopeno tem propriedades antioxidantes que auxiliam na prevenção de doenças como câncer e diabetes.
Além disso, o mamão é fonte de fibras e papaína, uma enzima que favorece a digestão e é utilizada na indústria farmacêutica, têxtil, de cosméticos e alimentícia.
Na última semana, houve redução nas cotações da manga nas principais regiões produtoras do País. A palmer foi comercializada no Vale do Rio São Francisco, entre a Bahia e Pernambuco, por R$ 1,51 o quilo. E isso representou uma queda de 13% em relação à semana passada.
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Já a manga tommy foi negociada a R$ 1,61 o quilo na porteira das fazendas nordestinas, com redução de 23% no mesmo comparativo. O Vale do São Francisco é o maior produtor da fruta no País e um dos principais fornecedores de manga para o mercado paulista.
Segundo projeções do portal HF Brasil, vinculado ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP, essa retração nas cotações da manga está ligada à queda no consumo no final do mês.
As exportações de melão do Rio Grande do Norte e do Ceará, os maiores produtores da fruta no Brasil, tiveram bom desempenho na parcial da safra. De acordo com o Comex Stat, os embarques para o exterior somaram 141 mil toneladas entre agosto e dezembro, o que representou uma alta de 3% frente ao mesmo período do ano anterior, apesar da redução no envio de variedades de maior valor, como cantaloupe e gália.
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Mesmo com as boas vendas ao exterior, os preços do melão amarelo no mercado paulista atingiram os menores níveis dos últimos anos, especialmente em dezembro e janeiro.
E, embora a safra brasileira já esteja próxima do fim, os preços devem permanecer favoráveis ao consumidor porque países como Guatemala, Costa Rica e Honduras começaram a exportar suas frutas. E esse aumento na concorrência internacional deverá promover um maior aporte de melões no mercado interno já que os produtores brasileiros vão encontrar um mercado mais restrito no exterior a partir de agora.
Embora o volume ainda seja baixo, a região de Vacaria, na Serra Gaúcha, já começou a colher maçãs da variedade gala da safra 2025. E o início da nova temporada deverá reduzir o valor das maçãs miúdas da safra passada que ainda restam nos armazéns frigoríficos, o que pode provocar uma desvalorização gradual dos estoques antigos, formado basicamente pelas menores maçãs colhidas em 2024.
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Em 2024, os armazéns começaram a esvaziar ainda na primavera, o que encareceu a fruta para o consumidor final, embora as maçãs da variedade eva já estejam sendo comercializadas desde o fim do ano passado. A expectativa é pelo início da safra também na Serra Catarinense, o que deve elevar o volume de fruta no mercado interno.
Na contramão, a redução na oferta de melancias nas principais regiões produtoras do País provocou uma escalada no preço da fruta nos últimos dias.
Na região de Teixeira de Freitas, na Bahia, as cotações subiram 51% na última semana. Ainda assim, a fruta foi comercializada, em média, por R$ 1,10 o quilo na porteira da fazenda.
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No Rio Grande do Sul, os termômetros em alta têm impactado a qualidade das roças. Assim, a fruta graúda foi cotada a R$ 0,98 o quilo na porteira da fazenda na virada da semana. E isso representou uma disparada de 72,50% em apenas sete dias. Os dados são do portal HF Brasil.