Cotidiano

Malásia divulga detalhes de investigação do voo MH370

As famílias pediam há semanas que os dados da investigação fossem trazidos à público, para que pudessem ser examinados por peritos independentes

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/05/2014 às 12:55

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Quase três meses após o desaparecimento do MH370, o governo da Malásia divulgou hoje um relatório da investigação com os dados a respeito do trajeto do voo e as pistas que levam às autoridades a crer que a aeronave foi desviada para o sul do Oceano Índico antes de desaparecer dos radares internacionais. As famílias pediam há semanas que os dados da investigação fossem trazidos à público, para que pudessem ser examinados por peritos independentes.

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Mas, enquanto as 45 páginas de informação podem ajudar a satisfazer um desejo por mais transparência em uma investigação muito criticada, especialistas dizem que o relatório não consegue elucidar todos os mistérios em torno do desaparecimento do voo.

"É um amontoado de informações que não são muito importantes de saber", disse Michael Exner, um engenheiro de satélites que vem pesquisando de forma independente os cálculos. "Há provavelmente duas ou três páginas de coisas importantes, o resto é só barulho. Ele não adiciona qualquer valor ao nosso entendimento."

Exner e outros pesquisadores disseram que os pressupostos necessários, algoritmos e metadados para validar a conclusão dos investigadores não estavam no texto.

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O governo da Malásia divulgou detalhes da investigação do voo MH370 (Foto: Associated Press)

A divulgação das informações ocorreu no mesmo dia em que as autoridades informaram que a procura submarina pelo avião terá uma pausa até o final do verão, enquanto os investigadores procuram por um sinal do sonar da caixa preta, que conteria informações que podem explicar o caso.

Os controladores de tráfego aéreo perderam contato com o Boeing 777 logo depois da decolagem de Kuala Lumpur em 8 de março em um voo noturno para Pequim. Havia 239 passageiros a bordo, a maior parte deles da China.

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Uma equipe internacional de investigação liderada pela Malásia concluiu que o jato voava em direção ao sul do Índico segundo os últimos dados fornecidos pela aeronave. A conclusão é baseada em cálculos complexos derivados em grande parte de transmissões do avião para um satélite de comunicações operado pela empresa Inmarsat, da Grã-Bretanha.

Investigadores dizem acreditar que o avião foi deliberadamente desviado de sua rota de voo, mas sem encontrar a aeronave ou seus registros de dados é impossível afirmar, com certeza, o que ocorreu a bordo. Teorias variam de falha mecânica, sequestro ou homicídio-suicídio por parte do piloto.

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