Cotidiano

Mais Médicos atinge meta e leva 2.101 médicos para São Paulo

Estado contará com mais 1.279 profissionais a partir desta semana. Com isso, a iniciativa passa a beneficiar 7,2 milhões de paulistas. Mais de 3.500 médicos começam suas atividades no país

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/04/2014 às 17:08

Atualizado em 09/05/2022 às 15:27

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O Programa Mais Médicos está levando mais 1.279 profissionais para reforçar o atendimento em atenção básica em São Paulo. Com a chegada deste novo grupo, o estado passa a ter 100% da sua demanda atendida pela iniciativa do governo federal, o equivalente a 2.101 médicos. A atuação desses profissionais impacta na assistência de 7,2 milhões de pessoas. Nesta quarta-feira (16), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, participou do encerramento da semana de acolhimento dos médicos na capital paulista (SP). Parte deles já começa a se deslocar para os municípios a partir de hoje e os demais irão a partir da semana que vem.

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“O Mais Médicos vem consolidando a oportunidade dos municípios de contar com profissionais na atenção básica. Nos ciclos anteriores, a prioridade foi atender as regiões com maior carência, com o Norte e o Nordeste. Agora, com o quarto ciclo, o ministério completa a demanda de todos os municípios brasileiros que solicitaram médicos no ano passado, incluindo as regiões Sul e Sudeste. Com o quinto ciclo, o número de profissionais ainda será ampliado, e teremos mais de 14 mil profissionais em atuação pelo programa”, disse o secretário Jarbas Barbosa.

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Em todo o país, mais de 3.500 médicos começam suas atividades nos municípios a partir desta semana. Deste total, 1.922 estão alocados na região Sudeste. Eles foram aprovados no módulo de avaliação do programa, etapa obrigatória para que recebam o registro profissional provisório e iniciem o atendimento à população. O reforço desse grupo garante o cumprimento da meta estabelecida pelo governo federal de levar 13.235 médicos para a atenção básica, especialmente às regiões mais vulneráveis. Com isso, 100% das vagas apontadas pelos municípios que inicialmente aderiram ao Programa passam a ser atendidas.

Mais de 75% dos 13.235 médicos estão alocados em regiões como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade. Em relação à distribuição por região, o Sudeste e o Nordeste concentram o maior número de profissionais, com 4.170 e 4.147 médicos respectivamente. O Sul conta com 2.261, seguido do Norte (1.764) e do Centro-Oeste (893). Outros 305 médicos estão atuando em distritos indígenas.

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Desde o início do programa, a presença dos profissionais que estão em atuação em todo o país já traz resultados positivos na assistência à população. Um levantamento do Ministério da Saúde feito em municípios que receberam profissionais do Mais Médicos mostrou que, em novembro de 2013, houve um crescimento de 27,3% no atendimento a pessoas com hipertensão em comparação com o mês de junho do mesmo ano, antes da chegada dos profissionais.

Houve aumento ainda, neste mesmo período, de 14,4% na assistência a pessoas com diabetes, de 13,2% no número de pacientes em acompanhamento e de 10,3% no agendamento de consultas. Nas cidades que contavam com médicos do programa foram realizadas 2,28 milhões de consultas em novembro, 7% mais que o total registrado em junho. O levantamento foi feito em 688 municípios onde atuavam 1.592 médicos.

Nova oportunidade

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Com o quinto ciclo, anunciado pelo Ministério da Saúde no dia 1º de abril, o Programa Mais Médicos deverá ultrapassar a marca de 14 mil médicos para a atenção básica de todo o país, superando a meta estabelecida pelo governo federal. Com a atuação desses profissionais, a iniciativa, que já impacta na assistência de 45,6 milhões de pessoas, passa a beneficiar 49 milhões de brasileiros.

A ampliação do número de médicos foi possível a partir da adesão nesta nova etapa, direcionada aos municípios mais vulneráveis do País e que ainda apresentavam equipes de saúde da família sem médicos. Com isso, mais vagas serão preenchidas com médicos do Programa, além dos mais de 13 mil profissionais que já estão participando.

Ainda está em andamento a seleção de médicos para participação no quinto ciclo, mas a previsão é que em junho eles já estejam em atividade nos municípios. Como nas demais etapas do Programa, têm prioridade nas vagas os médicos formados no Brasil, seguidos dos brasileiros com diplomas do exterior e dos estrangeiros. As vagas ociosas serão completadas por médicos da cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde.

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Entre os critérios de vulnerabilidade utilizados para pré-selecionar os municípios do quinto ciclo estão ter 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza; ter IDHM baixo e muito baixo; com comunidades quilombolas ou assentamentos rurais; e as regiões dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira; do Semiárido; e as periferias de grandes cidades.

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