22 de Setembro de 2024 • 13:26
Após horas de movimentação pacífica, o manifesto em Cubatão terminou com um grupo de protestantes tentando invadir a Prefeitura e a Câmara Municipal. Impedidos pela Tropa de Choque, os manifestantes atiraram pedras nas vidraças dos prédios. Na Avenida Nove de Abril, um ônibus foi incendiado pelos manifestantes e barricadas bloquearam os dois lados da via.
As manifestações pelo passe livre e por melhorias no transporte público na Cidade reuniu mais de mil pessoas em uma passeata, hoje (18), que saiu da Praça dos Emancipadores (concentração) e seguiu pelo Avenida Nove de Abril. Após bloquear o trânsito na principal avenida da Cidade, os manifestantes seguiram para bloquear a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248/55).
A manifestação começou às 17 horas, em frente a Prefeitura Municipal. Os manifestantes, a maioria jovens, fabricavam cartazes e cantavam por melhorias no transporte público, na saúde e na educação. Entre as frases nos cartazes, um recado especificamente para a população de Cubatão: “Se o seu filho precisar ir ao médico, leve-o ao Anilinas”.
Guilherme Rodrigues, um dos organizadores da movimentação, de 17 anos, quer saber para onde o dinheiro, pago pela população pelo transporte público, é aplicado. “Em 94, a passagem custava R$ 0,50. Se o transporte seguisse a inflação do País, a passagem custaria R$ 1,71 em 2013, mas nós estamos pagando R$ 3,10. O estudante ou o pai de família desempregado não consegue pagar tanto pelo transporte”, explica. O mesmo acredita o universitário, Alan Rosijo, de 23 anos. “Estamos cansados de tanta corrupção. O transporte é público. Não é para ser lucrativo”, reclama.
Ao chegar a Avenida Nove de Abril, os manifestantes despertaram a curiosidade da população e a preocupação dos comerciantes, que abaixaram as portas mais cedo hoje. Mas a população estava a favor do movimento, contanto que não houvesse vandalismo. “Eles estão certos. Tem que mudar tudo, começando por essa administração. Pagar R$ 3,10 para andar mil metros é um absurdo”, reclama o lojista José da Silva, morador da Vila Nova. O operador de máquina, Ivanildo Ferreira, morador do Costa e Silva, também concorda com os manifestantes. “Esta cidade precisa de mudança urgente”, completa.
O movimento, organizado pelas redes sociais assim como as demais manifestações espalhadas pelo País, já está se preparando para um novo protesto na quinta-feira (20).
Prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura de Cubatão informou que considera válida as manifestações pacíficas e próprias da democracia. No entanto, lamenta qualquer excesso ou prática violenta que não combinam com as reivindicações legítimas da população. E repudia a infiltração de pessoas que se aproveitam para praticar atos de vandalismo contra órgãos públicos e propriedades particulares.
O povo deve repudiar este tipo de atitude para que as manifestações não sejam desvirtuadas de seu propósito.
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