Cotidiano

Manifestação em Cubatão termina com ônibus queimado e vidros quebrados na Prefeitura

O movimento – pacífico e com mais de mil pessoas - parou a Avenida Nove de Abril e a Via Anchieta na noite de hoje (18)

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/06/2013 às 19:10

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Após horas de movimentação pacífica, o manifesto em Cubatão terminou com um grupo de protestantes tentando invadir a Prefeitura e a Câmara Municipal. Impedidos pela Tropa de Choque, os manifestantes atiraram pedras nas vidraças dos prédios. Na Avenida Nove de Abril, um ônibus foi incendiado pelos manifestantes e barricadas bloquearam os dois lados da via.

As manifestações pelo passe livre e por melhorias no transporte público na Cidade reuniu mais de mil pessoas em uma passeata, hoje (18), que saiu da Praça dos Emancipadores (concentração) e seguiu pelo Avenida Nove de Abril. Após bloquear o trânsito na principal avenida da Cidade, os manifestantes seguiram para bloquear a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248/55).

A manifestação começou às 17 horas, em frente a Prefeitura Municipal. Os manifestantes, a maioria jovens, fabricavam cartazes e cantavam por melhorias no transporte público, na saúde e na educação. Entre as frases nos cartazes, um recado especificamente para a população de Cubatão: “Se o seu filho precisar ir ao médico, leve-o ao Anilinas”.

Guilherme Rodrigues, um dos organizadores da movimentação, de 17 anos, quer saber para onde o dinheiro, pago pela população pelo transporte público, é aplicado. “Em 94, a passagem custava R$ 0,50. Se o transporte seguisse a inflação do País, a passagem custaria R$ 1,71 em 2013, mas nós estamos pagando R$ 3,10. O estudante ou o pai de família desempregado não consegue pagar tanto pelo transporte”, explica. O mesmo acredita o universitário, Alan Rosijo, de 23 anos. “Estamos cansados de tanta corrupção. O transporte é público. Não é para ser lucrativo”, reclama.

Um ônibus foi incêndiado após o protesto pacífico nesta terça-feira (18) (Foto: Divulgação)

Ao chegar a Avenida Nove de Abril, os manifestantes despertaram a curiosidade da população e a preocupação dos comerciantes, que abaixaram as portas mais cedo hoje. Mas a população estava a favor do movimento, contanto que não houvesse vandalismo. “Eles estão certos. Tem que mudar tudo, começando por essa administração. Pagar R$ 3,10 para andar mil metros é um absurdo”, reclama o lojista José da Silva, morador da Vila Nova. O operador de máquina, Ivanildo Ferreira, morador do Costa e Silva, também concorda com os manifestantes. “Esta cidade precisa de mudança urgente”, completa.

O movimento, organizado pelas redes sociais assim como as demais manifestações espalhadas pelo País, já está se preparando para um novo protesto na quinta-feira (20).

Prefeitura

Por meio de nota, a Prefeitura de Cubatão informou que considera válida as manifestações pacíficas e próprias da democracia.  No entanto, lamenta qualquer excesso ou prática violenta que não combinam com as reivindicações legítimas da população. E repudia a infiltração de pessoas que se aproveitam para praticar atos de vandalismo contra órgãos públicos e propriedades particulares.

O povo deve repudiar este tipo de atitude para que as manifestações não sejam desvirtuadas de seu propósito.

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