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Mais de cem mil pessoas fizeram fila nesta sexta-feira para ver o corpo de Nelson Mandela no terceiro e último dia do velório do histórico líder da luta contra o apartheid na capital Pretória.
Segundo o governo, cerca de 50 mil pessoas já estavam enfileiradas às 7h30 (horário local, 3h30 em Brasília) e o número cresceu durante o dia.
Um jornalista da Associated Press disse nesta sexta-feira que as filas ao redor dos Union Buildings, sede do gabinete e residência oficial da presidência sul-africana, eram de vários quilômetros.
Como mais pessoas continuavam chegando, o governo advertiu que não podia garantir que todas conseguiriam entrar no velório.
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No fim do dia, autoridades estimavam que metade das cerca de 100 mil pessoas que fizeram fila no último dia de velório conseguiram passar pelo corpo de Mandela.
Frustrados, muitos dos presentes choravam por não terem conseguido se despedir de Mandela como pretendiam. Outros se despediram com danças e músicas.
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Encerrado o velório, o corpo do ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz foi levado para um hospital militar de Pretória.
"Foi lindo", disse Keneilwe Mohapi, de 27 anos, quando o cortejo levando o corpo de Mandela passou por ela e pela mãe. "Não podíamos pedir um desfecho mais adequado. É uma honra poder dizer adeus a ele", afirmou.
Amanhã, o corpo de Mandela será levado de avião para a vila rural de Qunu, no sudeste do país, onde será sepultado no domingo.
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A família do principal líder contra o apartheid pediu que rituais tradicionais Xhosa sejam realizados durante o funeral no final de semana.
Intérprete
O governo sul-africano está ciente de que o falso intérprete de sinais que participou da missa campal em homenagem a Nelson Mandela é acusado de homicídio e informou nesta sexta-feira que ele está sendo investigado.
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Phumla Williams, funcionário da secretária de comunicação do governo, disse que as autoridades investigam a situação de Thamsanqa Jantjie e tentam determinar como ele foi selecionado para fazer erroneamente a tradução para surdos-mudos.
No evento, Jantjie ficou perto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e de outros líderes mundiais.
Mais cedo, o ministro de Cultura e Artes da África do Sul, Paul Mashatile, pediu desculpas pelo ocorrido e defendeu a implementação de reformas para que incidentes como o de terça-feira não se repitam.
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