O novo terminal será instalado no cais do Saboó / Divulgação/APS
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A movimentação de cargas no Porto de Santos está prestes a passar por uma grande transformação com a implantação do Tecon 10, um megaterminal que poderá responder por cerca de 33% de toda a atividade de contêineres do maior porto da América Latina.
O projeto, que vem sendo debatido desde 2019, deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em 2025 e promete um aumento significativo na capacidade do terminal.
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A expectativa é que o novo terminal impulsione a movimentação de contêineres em até 50%. Com o fim da consulta pública em 24 de março, a documentação será enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que o edital de concorrência possa ser publicado. O vencedor do leilão será definido pelo maior valor de outorga oferecido.
O novo terminal será instalado no cais do Saboó, na margem direita do porto, em uma área total de 621.975 metros quadrados.
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O espaço abrigará quatro berços de atracação, cais linear de 1.505 metros de comprimento, além de 14 portêineres, 10,9 mil espaços para empilhamento de contêineres e 5,8 mil tomadas para contêineres refrigerados.
Com essa infraestrutura, o Tecon 10 será capaz de receber os maiores navios do mundo, da classe Triple E, que chegam a 400 metros de comprimento e têm capacidade para transportar até 18 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
Atualmente, o Porto de Santos opera embarcações de classe New Panamax, que são menores e enfrentam restrições devido ao calado da região.
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Para resolver essa limitação, o governo federal está realizando estudos para a concessão do canal de acesso, garantindo um calado permanente de 17 metros.
A operação do terminal será implementada de forma gradual. Inicialmente, as atividades se concentrarão no berço da Ecoporto, enquanto os outros três berços serão ativados progressivamente, no quinto e no sétimo ano do contrato. O pleno funcionamento está previsto para o nono ano.
O Tecon 10 deverá receber um investimento total de R$ 5,6 bilhões ao longo de 25 anos. Esse montante inclui a construção do terminal, serviços de dragagem e a criação de um pátio regulador de 88 mil metros quadrados para controlar a entrada de caminhões e evitar congestionamentos na área portuária.
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O custo operacional do megaterminal deve atingir R$ 491 milhões anuais.
Para viabilizar a movimentação de cargas, o governo estadual e a Autoridade Portuária de Santos (APS) firmaram um convênio para a construção de uma segunda entrada na margem direita do porto.
Além disso, um novo viaduto está em fase de projeto executivo e a Ecovias estuda a criação de uma terceira pista no sistema Anchieta-Imigrantes para suportar o aumento do fluxo de caminhões.
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O Tecon 10 será um terminal multipropósito. Embora seu foco principal seja a movimentação de contêineres, ele também atenderá cargas gerais, com uma estimativa inicial de 30,7 mil toneladas anuais.
Entre 2027 e 2034, essa atividade poderá representar até 15,3% da movimentação total do porto.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reforça a importância do novo terminal para o crescimento da economia regional e nacional.
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Segundo ele, o investimento em infraestrutura portuária permitirá a ampliação da capacidade do Porto de Santos e aumentará a competitividade do Brasil no comércio exterior.
Além disso, ele destaca que a implementação do Tecon 10 impulsionará a geração de empregos e melhorará a logística do transporte de cargas.
Com a estrutura projetada para otimizar a eficiência portuária, o Tecon 10 tem o potencial de consolidar ainda mais o Porto de Santos como um dos principais hubs logísticos da América Latina, atraindo novos investimentos e fortalecendo o setor de exportações e importações no país.
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