Mãe e filha morrem após rompimento de tanque de água no interior de SP

O rompimento de um reservatório de água causou a morte de mãe e filha e deixou cerca de 50 mil pessoas sem abastecimento por 12 horas na tarde desta quarta-feira (11), em Araraquara (a 273 km de São Paulo).

A suspeita do Corpo de Bombeiros é de que uma intoxicação causada por cloro tenha provocado a morte das mulheres. Outras duas pessoas estão internadas na Santa Casa da cidade, uma delas na UTI (unidade de terapia intensiva).

O tanque metálico tinha capacidade para 1,5 milhão de litros de água (volume semelhante ao de uma piscina semiolímpica) e, segundo o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto), operava com volume inferior porque o reservatório ao lado já tinha apresentado problemas.

Uma parte do tanque atingiu o tambor responsável pela adição de cloro na água, causando seu rompimento e o forte cheiro na região. A água invadiu residências da Vila Xavier e moradores tiveram de deixar suas casas.

Maria Silva do Amaral, 81, que morava em frente ao reservatório, passou mal e morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. A filha dela, Sonia Maria do Amaral, 59, sofreu um derrame em casa e morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro.

As outras duas vítimas que estavam no local no momento do rompimento são João Carlos Stahlhauer, 55, e Carlos Eduardo Costa. O primeiro está internado na UTI com um edema na glote e respira com a ajuda de aparelhos. O segundo passa bem e deve receber alta médica ainda nesta quinta (12).

Em nota, o Daee lamentou o ocorrido e informou que a provável causa da ruptura do reservatório foi a corrosão da armadura metálica. O departamento conseguiu restabelecer o abastecimento da população na região na manhã desta quinta (12). Um novo reservatório metálico de 2 milhões de litros de água deve ser instalado no local.

Os parentes das vítimas e as famílias atingidas pela água estão recebendo visitas de assistentes sociais da prefeitura.