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O governo do presidente venezuelano Nicolas Maduro pediu nesta quinta-feira a prisão de líderes da oposição e outros políticos adversários, acusados de orquestrarem uma manifestação contra o governo que resultou na morte de três pessoas nesta quarta-feira.
Maduro, que em 10 meses de governo já enfrentou protestos e deterioração rápida da economia, acusou seus opositores de "neofacistas" financiados pelos EUA para provocar tumultos que resultaram na morte de dois manifestantes no final da tarde no centro de Caracas. A terceira vítima morreu em um bairro de classe alta da capital vítima, segundo a polícia, de gangues que atiraram em moradores durante a noite.
"Qualquer um que pratique a violência nas ruas enfrentará a justiça, seja quem for e onde estiver", afirmou Maduro em rede nacional de TV. "Não vamos permitir que o derramamento de sangue continue, não podemos permitir mais desastres."
Um mandato de prisão foi emitido pelo governo contra o líder da oposição, Leopoldo Lopez, com acusações que vão de homicídio e terrorismo a danos à propriedade pública, intimidar a população e de incendiar um prédio público.
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O governo também pretende mandar prender Ivan Carratú, ex-oficial de alta patente da Marinha, e o ex-embaixador da Venezuela na Colômbia, Fernando Gerbasi. Maduro disse que os dois haviam previsto que os protestos iriam terminar em sangue.
A raiva da população é impulsionada pela falta de habilidade de Maduro em lidar com temas como inflação, crimes e direitos humanos e com a falta de produtos básicos.
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Lopez, ex-candidato à presidência com diploma de Harvard e descendente do líder revolucionário Simon Bolívar, está entre os líderes de oposição mais conhecidos no país.
Durante o governo de Hugo Chávez, Lopez foi banido do serviço público, mas a Corte Interamericana de Direitos Humanos, braço da Organização dos Estados Americanos, disse que seus direitos foram violados. Autoridades na Venezuela, no entanto, continuam a acusá-lo de corrupção, acusações que Lopez insiste serem armadas para mantê-lo fora do cenário político.
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