Cotidiano

Linha férrea Santos-Juquiá vai voltar para o setor público e poderá ser reativada

O contrato de exploração da malha local expira em 2028 e a devolução do trecho à união abriria oportunidade para acelerar a expansão do VLT

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 13/11/2024 às 15:23

Atualizado em 13/11/2024 às 16:10

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Em 2018, um estudo feito pela empresa apontou que a reativação do trecho é inviável / Márcio Ribeiro/DL

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A linha férrea Santos-Juquiá, que impulsionou o desenvolvimento da região e por muito tempo foi um dos principais elos de ligação entre a Baixada Santista e o Vale do Ribeira, vai voltar para o setor público, de acordo com a nota enviada pela Rumo Logística.

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"O ramal ferroviário de Juquiá, que está localizado no ramal Samaritá - Cajati, está em processo de devolução junto ao Poder Concedente, conforme definido quando da renovação da Concessão da Malha Paulista”, diz a nota.

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Ainda segundo a Rumo, “após a finalização do procedimento de devolução, competirá ao DNIT, em conjunto com o Ministério dos Transportes, definir qual a melhor destinação para o trecho".

O estudo

Em 2018, um estudo feito pela empresa apontou que a reativação do trecho é inviável para transporte de carga,  pois seriam necessários R$ 184 milhões para pôr os trens novamente nos trilhos.

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O valor indicado pela empresa custearia, entre outras coisas, 89,4 quilômetros de trilhos, pouco mais de 299 mil dormentes (peças para fixação dos trilhos), 26 aparelhos de mudança de via e 200 metros de reforço e plataformas.

O documento indica questões técnicas, econômicas e ambientais para a sua recusa em operar a linha, aberta no começo do século passado.

A empresa, a Rumo Logística, assumiu o passivo em julho de 2014, ao comprar da América Latina Logística (ALL). Desde então, ações judiciais obrigam a concessionária a arcar com custo de manutenção (corte de mato e limpeza de entulho) nas cidades do Litoral.

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Vale lembrar que o trecho não recebe trens desde janeiro de 2002 e, hoje, o ramal está todo sucateado em praticamente todo os seus 214 quilômetros de extensão.

O contrato de exploração da malha local expira em 2028 e a devolução do trecho à união abriria oportunidade para acelerar a expansão do Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT) até o Litoral Sul ou outros, como vem sinalizando o governo estadual, conforme noticiou o Diário do Litoral na última quinta (7).

Conforme a reportagem, o Governo estadual planeja trem ligando o litoral de SP ao Vale do Ribeira, que atravessaria 198 km de Mata Atlântica preservada.

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O trem, que partiria de Santos e seguiria pela antiga ferrovia Santos-Cajati, passaria pelas cidades litorâneas de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e seguindo para o Vale do Ribeira, conectando os municípios e atendendo às demandas de transporte e turismo da região.

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