Cotidiano

Líderes da extrema-esquerda assumem comando em Madri e Barcelona

Na Capital, a prefeitura será conduzida pela juíza aposentada Manuela Carmena, de 71 anos. Em Barcelona, o governo será assumido pela jovem Ada Colau, de 41 anos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/06/2015 às 12:13

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Em uma grande virada política na história da Espanha, líderes da extrema-esquerda assumem neste sábado o comando das duas maiores cidades do país, Madri e Barcelona, com o apoio do recém-criado partido político anti-austeridade Podemos, oriundo do movimento Indignados.

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Em Madri, a prefeitura será conduzida pela juíza aposentada Manuela Carmena, de 71 anos. Em Barcelona, o governo será assumido pela jovem Ada Colau, de 41 anos, uma ativista que luta em favor dos desabrigados.

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As duas foram eleitas no pleito do último dia 24 de maio, para as câmaras municipais de suas cidades. Na Espanha, o prefeito é como o primeiro-ministro dos países que adotam o parlamentarismo. É preciso se eleger para a câmara e depois formar uma maioria entre os eleitos para escolher o chefe do governo.

Foi o que Carmena teve de fazer em Madri. Ela se candidatou de forma independente, sem filiação a nenhuma partido, o que é permitido na Espanha. No entanto, contou com o apoio de um bloco chamado Ahora Madrid, que inclui o Podemos.

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O bloco conseguiu 20 dos 57 assentos, um a menos que o conversador e até então governista Partido Popular. Para formar uma maioria, Carmena conseguiu, depois da eleição, o apoio do Partido Socialista, de centro esquerda e dono de nove assentos, o suficiente para garantir a governabilidade. O Partido Popular ficou 24 anos no poder da capital espanhola.

O Podemos é um partido criado no ano passado, em meio à crise econômica vivida pela zona do euro, com propostas de esquerda e contrárias a medidas de austeridade. O líder do grupo, o professor universitário Pablo Iglesias, é um grande apoiador do Syriza na Grécia.

"Madri e Barcelona serão, pela primeira vez, governadas por coalizões lideradas por movimentos sociais, não por partidos políticos", disse Iglesias. Tanto Carmena quanto Colau prometem cortar seus salários e eliminar regalias de ricos e famosos.

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