Cotidiano

Líder do golpe na Tailândia pede que população não proteste: "Não adianta"

Falando na sua primeira coletiva de imprensa desde tomar o poder, o general Prayuth Chan-ocha, justificou a ação do Exército ao alegar que ele tinha de restaurar a ordem

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/05/2014 às 12:30

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Amparado pelo apoio do rei da Tailândia, o novo governante militar do país emitiu uma dura advertência nesta segunda-feira contra qualquer oposição ao golpe da semana passada: não causem problemas, não critiquem, não protestem, caso contrário a nação pode voltar para "os velhos tempos" de tumulto e violência de rua.

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Falando na sua primeira coletiva de imprensa desde tomar o poder, o general Prayuth Chan-ocha, justificou a ação do Exército ao alegar que ele tinha de restaurar a ordem depois de sete meses de confrontos cada vez mais violentos entre o governo e manifestantes.

"Eu não estou aqui para discutir com ninguém. Eu quero mostrar tudo e corrigir isso", disse Prayuth, que falou na sede do Exército em Bangcoc, vestido com um uniforme militar branco. "Todo mundo tem de me ajudar", disse ele, acrescentando que "não critiquem, não criem novos problemas. Não adianta".

No início da segunda-feira, o rei Bhumibol Adulyadej oficialmente apoiou Prayuth para administrar o país em uma ordem real que pedia "reconciliação entre as pessoas".

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O general Prayuth Chan-ocha pediu que a população não proteste (Foto: Divulgação)

O general Prayuth também advertiu os meios de comunicação e os usuários de mídias sociais que evitem fazer qualquer coisa que possa instigar conflitos. Ele também pediu que os manifestantes contrários ao golpe parem de organizar manifestações em Bangcoc e em várias outras cidades.

"Neste momento, existem pessoas que saem para protestar. Então, vocês querem voltar aos velhos tempos? Estou pedindo ao povo do país, se vocês querem que seja assim, então eu vou ter de cumprir a lei".

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As palavras duras foram pronunciadas depois que um assessor da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra afirmou que ela foi libertada na segunda-feira após ser mantida por três dias em custódia militar em um local secreto, sem acesso a um telefone. O assessor, que falou sob condição de anonimato, disse que Yingluck tinha retornado para sua casa.

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