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O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apelou aos EUA que pressionem a Ucrânia a interromper a campanha militar contra separatistas pró-Moscou no leste ucraniano e a negociar um acordo político. O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, planeja visitar Washington ainda este mês.
"É imperativo moderar a 'festa da guerra' em Kiev e o único que pode realmente fazer isso é os EUA", disse Lavrov, segundo a agência de notícias russa Interfax. "É muito importante que os EUA usem sua influência e capacidade para dar os sinais necessários para a transição ao processo político da tentativa de resolver a situação à força."
Há meses, as forças ucranianas vinham ganhando terreno na campanha militar para neutralizar rebeldes pró-Moscou nas regiões de Donetsk e Lugansk. No fim do mês passado, porém, os separatistas se recuperaram com reforços inesperados e armamentos que, segundo autoridades da Ucrânia e do Ocidente, vieram diretamente da Rússia. Nos últimos dias, a suposta incursão levou os soldados ucranianos a se recolherem.
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A Rússia nega acusações de que soldados seus invadiram a Ucrânia para auxiliar os separatistas, apesar da recente captura de forças russas em território ucraniano e uma estimativa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de que Moscou tem "bem mais" de 1 mil militares operando no país vizinho.
Em recente conversa telefônica, o presidente russo, Vladimir Putin, disse ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, que Moscou poderia tomar Kiev em duas semanas se o Kremlin decidisse invadir a Ucrânia, segundo uma autoridade da União Europeia que teve acesso ao teor do diálogo.
Um assessor do Kremlin respondeu que as palavras de Putin foram citadas fora de contexto e classificou a divulgação de uma conversa particular como quebra de protocolo diplomático.
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