Cotidiano

Kerry promete ação militar contra Síria sem invasão terrestre

O secretário de Estado dos EUA enfatizou que o texto de resolução pode inclusive conter uma restrição expressa a uma incursão terrestre

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/09/2013 às 20:03

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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, assegurou nesta terça-feira, durante audiência no Congresso, que os planos de ação militar norte-americana contra a Síria não envolvem invasão por terra.

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Ao tentar convencer os congressistas norte-americanos a aprovarem o pedido de autorização do presidente Barack Obama para ordenar uma "ação militar limitada" contra a Síria, Kerry enfatizou que o texto de resolução pode inclusive conter uma restrição expressa a uma incursão terrestre.

Durante a audiência de hoje, diversos congressistas manifestaram preocupação com a possibilidade de os Estados Unidos serem arrastados para um conflito maior e mais complicado do que se espera.

Kerry e o secretário de Defesa do país, Chuck Hagel, defenderam enfaticamente o pedido do presidente Barack Obama por uma autorização do Congresso para usar força militar em resposta ao ataque com armas químicas de 21 de agosto na Síria.

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Em depoimento ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, Kerry e Hagel afirmaram que o presidente da Síria, Bashar Assad, ignorou "diversos alertas" e decidiu "realizar um ataque químico ultrajante". Kerry disse haver evidências "que não deixam dúvidas" sobre a responsabilidade de Assad no ataque.

John Kerry prometeu ação militar contra Síria sem invasão terrestre (Foto: Agência Brasil)

Segundo Kerry, se os EUA não responderem, Assad e seus aliados terão mais coragem de utilizar armas químicas ou até mesmo nucleares no futuro, "com impunidade".

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Em seus comentários, Hagel afirmou que o uso de armas químicas na Síria "não foi só um ataque à humanidade, mas também uma séria ameaça à segurança nacional dos EUA e aos interesses dos aliados mais próximos", como Israel, Jordânia, Turquia, Líbano e Iraque.

"Temos que nos preocupar com a possibilidade de grupos terroristas, como o Hezbollah, que tem forças na Síria apoiando o regime de Assad, possam adquirir essas armas químicas", disse Hagel. Fontes: Associated Press e Market News International.

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