Cotidiano

Justiça manda plano de saúde viabilizar cirurgia para aposentado

Claudemir Dias da Silva, de 61 anos, com câncer intestinal, consegue liberação para procedimento de urgência

Publicado em 07/09/2015 às 00:57

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Ele se recupera bem da cirurgia feita há aproximadamente 20 dias, mas o susto foi grande. Diagnosticado com câncer no intestino, o aposentado Claudemir Dias da Silva, de 61 anos, precisava de uma intervenção cirúrgica de emergência. Com apenas seis meses em um plano de saúde, o procedimento foi negado por motivo de carência. Desesperada, a família já pensava em pagar do próprio bolso a operação, que custaria em torno de R$ 40 mil, quando a solução para o problema veio por meio da Justiça.

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“Ele está bem e se recuperando. Tirou metade dos pontos. Foi um grande susto. Faltava apenas um mês para terminar a carência para cirurgia. Quando ele ingressou no plano fez os exames de doenças pré-existentes e só tinha miopia e vitiligo. Foi tudo muito rápido. Depois de alguns meses, ele começou a emagrecer muito e, após uma colonoscopia com biópsia, veio o diagnóstico de câncer no intestino”, disse Karla Dias dos Santos, filha do aposentado.

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Com a confirmação do diagnóstico, Karla contou que a médica indicou uma cirurgia de urgência. De posse da guia de encaminhamento médico na mão, a filha do aposentado procurou o plano de saúde para a liberação do procedimento, que foi negado.

“O pedido da médica já era com urgência. Eles disseram que não poderiam autorizar porque estava no período de carência”, disse Karla.

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Diante da negativa, a filha do aposentado disse que verificou com a médica o valor da cirurgia, feita de modo particular, que ficaria em torno de R$ 40 mil. “A gente estava disposto a pagar porque a cirurgia tinha que ser feita. Ia apelar para as economias da poupança, empréstimo em banco, mobilização da família”, afirmou.

A cirurgia

A solução para o impasse veio de uma conversa com as amigas no WhatsApp. “Conversando com uma amiga, que perguntava como estava o meu pai, ela deu a ideia de procurarmos um advogado. Procurei o advogado e expliquei o caso para ele. Levei toda a papelada do plano. Ele ingressou com um pedido na justiça em um dia. No outro o juiz expediu uma liminar”, contou Karla.

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Com a liminar, a família do aposentado procurou o plano de saúde, que atendeu a determinação e a cirurgia foi realizada. “Eu entendo que tem carência, só que faltava um mês apenas para a carência de cirurgia e o caso do meu pai era de urgência, atestado pela médica. Não tenho queixas do plano. A equipe médica foi muito boa. O único problema com o plano foi a questão da urgência”, disse Karla.

“Sabemos que quando o diagnóstico se caracteriza como urgência e emergência, não existe mais carência porque é caso de risco de vida. Entramos com pedido de tutela antecipada (liminar), no dia 13 e no mesmo dia o juiz da 10ª Vara Cível de Santos, José Alonso Beltrame Junior, concedeu de forma extremamente eficaz”, explica o advogado José Roberto Chiarella, que cuidou do caso com o advogado Odair Ramos. O juiz deferiu também que o pai de Karla tenha direito a todo o tratamento posterior.

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