Cotidiano

Justiça italiana começa a julgar recurso de Berlusconi

O ex-primeiro-ministro foi condenado no ano passado por pagar para ter relações sexuais com a ex-dançarina de boate Kharima El Mahroug, conhecida como Ruby

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/06/2014 às 20:11

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O recurso de Silvio Berlusconi contra a condenação por abuso de autoridade e pagamento para ter relações sexuais com uma menor de idade começou a ser julgado nesta sexta-feira, 20, em uma nova batalha judicial que pode limitar as atividades políticas do ex-premiê italiano.

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Berlusconi foi condenado no ano passado por pagar para ter relações sexuais com a ex-dançarina de boate Kharima El Mahroug, conhecida como Ruby. Ele também foi condenado por abusar de sua autoridade para conseguir que ela fosse solta pela polícia, quando estava detida por acusação de roubo.

O ex-primeiro-ministro, ainda o político mais influente da centro-direita italiana, foi condenado a sete anos de prisão e proibido de exercer mandato público. Ele só vai cumprir a pena de prisão se tiver a condenação confirmada. O julgamento que começou nesta sexta é a primeira parte do processo de recursos.

A sentença final pode ter implicações para a vida política de Berlusconi. No ano passado, ele recebeu uma condenação definitiva por fraude fiscal e perdeu a cadeira no Parlamento.

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A Justiça italiana começou a julgar o recurso de Silvio Berlusconi (Foto: Associated Press)

O político foi condenado a quatro anos de prisão, mas a pena foi convertida em serviços comunitários com base em uma anistia geral, deixando-o praticamente livre para fazer campanha eleitoral e exercer seu papel político. A segunda condenação definitiva violaria os termos da anistia e poderia obrigar Berlusconi a cumprir a a pena em prisão domiciliar.

Berlusconi nega as acusações e se diz perseguido por magistrados de esquerda por razões políticas.

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Ruby nega haver tido relações sexuais com Berlusconi e o defendeu numa entrevista publicada nesta sexta num jornal italiano. "A verdade é que Berlusconi me respeitou muito mais do que qualquer outro homem que eu conheci em boate. Eles lhe deram sete anos por nada", afirmou.

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