Cotidiano

Justiça aceita denúncia contra cinco executivos da Mendes Júnior

De acordo com o juiz, há provas de que a Mendes Júnior participava de um “clube” com outras empresas para acertar quem venceria licitações com a Petrobras

Publicado em 16/12/2014 às 16:48

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, abriu hoje (16) ação penal contra 16 investigados, cinco deles dirigentes da empreiteira Mendes Júnior. Entre os investigados, que também se tornaram réus, estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, denunciados em todas as ações da sétima fase da operação.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

De acordo com o juiz, há provas de que a Mendes Júnior participava de um “clube” com outras empresas para acertar quem venceria licitações com a Petrobras.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• USafa Vila Zilda tem expediente parcial nesta sexta-feira (19)

• Compras natalinas ajudam a reduzir atraso de pagamento de dívidas das empresas

• São Vicente inicia Operação Verão na próxima sexta-feira (26)

“Para permitir o funcionamento do cartel, as empreiteiras corromperam diversos empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato de Souza Duque. Os agentes públicos tinham o papel relevante de não turbar o funcionamento do cartel e de tomar providências para que a empresa definida pelo clube para vencer a licitação fosse, de fato, escolhida para o contrato”, disse o juiz.

Conforme a decisão, além de Youssef e Costa, Sergio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior, teve denúncia aceita pelo juiz. Na ação, também há investigados ligados à empresa UTC.

Continua depois da publicidade

Também passaram à condição de réus da nova ação penal Waldomiro de Oliveira, Carlos Alberto Pereira da Costa, João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado e Enivaldo Quadrado. Todos prestavam serviços ao doleiro.

Em novembro, Sérgio Mendes confirmou à Polícia Federal o pagamento de propina ao doleiro Youssef. Conforme o advogado de Mendes, o executivo disse aos delegados da PF que foi obrigado a pagar propina de R$ 8 milhões ao doleiro.

Segundo ele, Youssef exigiu o pagamento da quantia para que a Mendes Júnior recebesse os valores a que tinha direito em contratos de serviços licitamente prestados e para continuar participando das licitações da Petrobras. De acordo com a defesa, foram feitos quatro pagamentos seguidos, de julho a setembro de 2011.

Continua depois da publicidade

Sérgio Moro também já aceitou denúncia contra executivos ligados às empresas Engevix, OAS, Galvão Engenharia. Até o momento, dos 39 denunciados pelo Ministério Público Federal 30 já se tornaram réus em ações penais oriundas da Operação Lava Jato.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software