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O julgamento do ex-presidente do Egito, Mohammed Morsi, que é acusado de incitar a violência que levou ao assassinado de várias pessoas, foi adiado nesta quarta-feira até fevereiro, depois de condições ruins de tempo terem impedido um helicóptero de levar Morsi até o tribunal.
A aeronave, que deveria levar Morsi de uma prisão, perto da cidade mediterrânea de Alexandria, para o tribunal no leste do Cairo não pode decolar por causa da densa neblina, segundo o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim. O juiz Ahmed Sabry Youssef adiou os procedimentos para 1º de fevereiro.
Morsi e outros 14 integrantes da Irmandade Muçulmana são acusados de incitar os atos que levaram ao assassinato de manifestantes do lado de fora do palácio presidencial em dezembro de 2012 - quando ele ainda estava no cargo. Pelo menos 10 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
A audiência desta quarta-feira seria a segunda aparição de Morsi no tribunal desde que ele foi derrubado por um golpe, em 3 de julho.
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Dezenas de partidários de Morsi entraram em confronto com forças de segurança nesta quarta-feira do lado de fora do tribunal. O Ministério do Interior, que é encarregado da polícia, disse que 17 manifestantes foram detidos. Outros 15 partidários de Morsi foram presos no distrito de Nasr City, reduto da Irmandade.
O adiamento da audiência do ex-presidente acontece menos de uma semana antes de os egípcios começarem a votar num referendo nacional sobre uma nova Constituição que, se aprovada por maioria simples, vai substituir a carta de inclinações islamitas aprovada durante o governo Morsi. Cerca de 680 mil egípcios que vivem no exterior começaram a votar nesta quarta-feira.
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Advogados de defesa do ex-presidente afiram que o adiamento tem relação com o referendo sobre a Constituição, que acontece nos dias 14 e 15, e que a decisão do juiz teve motivação política.
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