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O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, voltará a se reunir na próxima semana com o Ministério de Minas e Energia (MME), além de outros representantes do governo federal, para dar sequência às discussões sobre a indenização à Cesp pela usina hidrelétrica de Três Irmãos. A concessão da usina expirou em abril e não foi renovada, mas a pedido do governo federal ainda é gerida pela Cesp, controlada pelo governo paulista.
"Vamos voltar a conversar na semana que vem com os números deles e os nossos, segregados a parte de geração de energia, eclusa, canal e fazenda. O ministério e nós temos posições que não convergem, mas o fundamental é que temos de nos entender é sobre o valor da usina de Três Irmãos, que tem capacidade instalada de 800 megawatts", afirmou há pouco, em entrevista ao Broadcast.
Pouco antes, durante palestra em evento que discutiu o uso do gás natural no transporte público, o secretário fez críticas duras ao governo federal, taxando a não renovação da concessão de "expropriação". "A Cesp não vai aceitar isso. Não temos como fechar balanço no fim do ano dando baixa nesse ativo, zerando Três Irmãos."
Aníbal ainda acusou o governo federal de não ter dinheiro para a indenização. A Cesp pede R$ 3,4 bilhões, mas a oferta foi de R$ 1,7 bilhão. "O governo não tem dinheiro. Tem várias empresas que assinaram a renovação de concessão no valor novo de tarifa e estão sem receber. É uma coisa feita sem planejamento, com viés político", disse.
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Em relação ao leilão para concessão da usina, o secretário disse ao Broadcast, serviço de informações em temo real da AGÊNCIA estado, que é positiva a decisão do ministério em antecipar o leilão de março para janeiro, conforme havia pedido. O prazo previsto inicialmente era setembro deste ano, mas o ministério definiu a data para 31 de janeiro. "Achei a data boa. Antecipou e deu um indicativo firme de que governo não pode fazer um leilão sem remunerar os ativos da Cesp", disse.
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