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Uma corte de apelação egípcia ordenou que haja um novo julgamento para o caso de três jornalistas ingleses da Al-Jazeera condenados no país. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, em uma audiência que durou apenas alguns minutos, e os réus não foram liberados sob fiança.
O canadense e egípcio Mohammed Fahmy, o australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohammed foram presos em dezembro de 2013 e não compareceram à audiência. Seus advogados disseram acreditar em um julgamento rápido, a ter início dentro de um mês, devido às mudanças do clima político entre o Egito e o Qatar, onde a emissora está sediada, que têm influenciado no caso.
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O Qatar recentemente prometeu que irá ajudar a reduzir as tensões no Oriente Médio ao deixar de apoiar grupos islâmicos que atuam na região, incluindo a Irmandade Muçulmana no Egito. Os advogados declararam estar aliviados com o novo julgamento, enquanto membros das famílias dos jornalistas esperavam pela libertação imediata dos prisioneiros.
Autoridades egípcias ainda não comentaram a decisão judicial e o promotor que compareceu à audiência não era o mesmo responsável pelo primeiro julgamento. Os jornalistas são acusados de agirem como porta-vozes da Irmandade Muçulmana no país após o presidente Mohammed Morsi ser deposto em julho de 2013. A Al Jazeera nega as acusações e disse que os repórteres estavam apenas cumprindo seus deveres.
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Fahmy e Greste haviam sido condenados a sete anos de prisão, enquanto Mohammed teria de cumprir pena de dez anos de detenção, três a mais por ter sido encontrado com uma cápsula vazia de uma arma de fogo. Grupos de Direitos Humanos rejeitam as condenações por considerá-las fraudulentas e diversos países, incluindo os Estados Unidos, expressaram suas preocupações a respeito da prisão dos jornalistas.
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