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Ao menos parte dos ataques de Israel à áreas residenciais da Faixa de Gaza, no ano passado, violaram as regras de guerra, afirmou nesta quarta-feira um grupo de direitos humanos israelense. Segundo o B'Tselem, a maioria dos palestinos mortos nas dezenas de ataques conduzidos por Israel em 2014 eram mulheres, crianças ou idosos.
"Para nós, é claro de que esta foi uma decisão feita não entre oficiais de baixo escalão, mas sim uma questão de política, uma política que em alguns casos violou os Direito Humanitário Internacional", afirmou o diretor do grupo, Hagai El-Ad.
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O exército israelense declarou nesta quarta-feira que atacou apenas prédios residenciais que "se tornaram alvos militares legítimos", e que faz "um grande esforço para minimizar mortes de civis."
No último conflito entre israelenses e palestinos, Jerusalém ordenou cerca de 5 mil ataques aéreos e milhares de ataques de artilharia à Gaza, de onde militantes atiraram cerca de 4.300 foguetes em direção a Israel. Mais de 2.200 palestinos morreram, a maioria civis, de acordo com as Nações Unidas. Sessenta e sete soldados e cinco civis morreram do lado israelense.
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O B'Tselem analisou 70 ataques israelenses, que mataram ao menos três pessoas cada um. Mais de 70% dos 606 palestinos mortos por esses 70 ataques eram crianças, idosos ou mulheres, diz o grupo. De acordo com outra Ong israelense, a NGO Monitor, o número pode estar distorcido pela subcontagem das mortes de combatentes.
Especialistas em Direito Internacional afirmam que um grande número de casualidades civis não é, por si só, uma evidência de crimes de guerra, e que cada caso deve ser analisado separadamente.
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