Cotidiano

Israel violou regras de guerra em ataques à Gaza, diz grupo israelense

O exército israelense declarou nesta quarta-feira que atacou apenas prédios residenciais que "se tornaram alvos militares legítimos"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/01/2015 às 15:37

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Ao menos parte dos ataques de Israel à áreas residenciais da Faixa de Gaza, no ano passado, violaram as regras de guerra, afirmou nesta quarta-feira um grupo de direitos humanos israelense. Segundo o B'Tselem, a maioria dos palestinos mortos nas dezenas de ataques conduzidos por Israel em 2014 eram mulheres, crianças ou idosos.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Para nós, é claro de que esta foi uma decisão feita não entre oficiais de baixo escalão, mas sim uma questão de política, uma política que em alguns casos violou os Direito Humanitário Internacional", afirmou o diretor do grupo, Hagai El-Ad.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Dívida derruba direito de voto do País na ONU

• Hezbollah assume responsabilidade por ataque a comboio israelense

• Derrotar Boko Haram requer esforço internacional, diz chefe militar dos EUA

O exército israelense declarou nesta quarta-feira que atacou apenas prédios residenciais que "se tornaram alvos militares legítimos", e que faz "um grande esforço para minimizar mortes de civis."

No último conflito entre israelenses e palestinos, Jerusalém ordenou cerca de 5 mil ataques aéreos e milhares de ataques de artilharia à Gaza, de onde militantes atiraram cerca de 4.300 foguetes em direção a Israel. Mais de 2.200 palestinos morreram, a maioria civis, de acordo com as Nações Unidas. Sessenta e sete soldados e cinco civis morreram do lado israelense.

Continua depois da publicidade

O B'Tselem analisou 70 ataques israelenses, que mataram ao menos três pessoas cada um. Mais de 70% dos 606 palestinos mortos por esses 70 ataques eram crianças, idosos ou mulheres, diz o grupo. De acordo com outra Ong israelense, a NGO Monitor, o número pode estar distorcido pela subcontagem das mortes de combatentes.

Especialistas em Direito Internacional afirmam que um grande número de casualidades civis não é, por si só, uma evidência de crimes de guerra, e que cada caso deve ser analisado separadamente.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software