Continua depois da publicidade
A polícia de Israel prendeu nesta terça-feira dez integrantes de um grupo extremista que se opõe à convivência entre árabes e judeus. Segundo o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, as prisões aconteceram em Israel e na Cisjordânia. Os suspeitos, entre eles o líder do movimento, Bentzi Gopstein, foram presos sob a acusação de incitação ao racismo, à "atividade violenta e ao terror".
Segundo oficiais, as prisões ocorrem depois de uma investigação de dez meses que usou agentes infiltrados dentro do Levaha, grupo que se tornado conhecido no país. Na segunda-feira, Israel também condenou três membros da organização por atearem fogo a uma escola bilíngue no mês passado.
Continua depois da publicidade
O Levaha é conhecido por seus esforços para acabar com relações entre árabes e judeus. Sua popularidade aumentou nos últimos meses, em meio ao crescimento das tensões sobre um local santo de Jerusalém e uma recente onda de mortes provocadas por ataques palestinos.
Ativistas do grupo, que surgiu em 2009, fazem campanhas por telefone exortando judeus a não terem relacionamentos com árabes e incitando empresas a não contratarem mão de obra árabe. Em agosto, militantes do grupo fizeram um protesto em frente a uma cerimônia de casamento das duas etnias.
Continua depois da publicidade
Membros do Levaha se comunicam utilizando o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp, afirmou Avraham, um ativista de dezenove anos que não quis revelar seu sobrenome por medo das autoridades. "Muitas pessoas começam a entender que a convivência é ruim para o judaísmo", disse.
Os líderes do movimento afirmam que se opõem à violência e que simplesmente tentam prevenir que a juventude israelense seja assimilada. "Em vez de dar um prêmio pelo trabalho importante que faço resgatando as filhas de Israel, o Estado de Israel me algema", afirmou Gopstein, nesta terça-feira.
O Israel Religious Action Center, um observatório liberal judeu, afirma ter pedido insistentemente às autoridades para agirem contra o Levaha nos últimos anos. "Não precisávamos esperar por uma escola em chamas", afirmou Ruth Carmi, advogada do grupo. "Isto já estava anunciado."
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade