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Israel prefere renunciar a centenas de milhões de dólares em recursos para pesquisa da União Europeia a aceitar a cláusula contra os assentamentos, que os países do bloco querem incluir num novo acordo de parceria, afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores israelenses, Zeev Elkin. A declaração foi feita um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter convocado seus principais ministros para tomar uma posição sobre o assunto.
Elkin disse que Israel espera atenuar os termos do Horizon 2020, uma programa de subvenção de pesquisa europeu de sete anos que começa em 2014 e tem um orçamento de 80 bilhões de euros.
Se decidir participar, Israel vai pagar cerca de 600 milhões de euros e deve receber mais de 1 bilhão de euros em subvenção. Israel participa do programa que está atualmente em curso.
"Nós queremos assinar e estamos prontos para negociar, mas se as condições forem as atuais, o que não tem precedentes...não podemos assinar", disse Elkin à rádio Israel.
As novas diretrizes dizem que qualquer acordo de parceria com Israel deve deixar claro que as subvenções não são aplicáveis a projetos na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, territórios que Israel tomou em 1967. As diretrizes foram introduzidas, em parte, para mostrar o crescente desalento da UE a respeito da expansão dos assentamentos em terras que os palestinos querem para seu Estado.
Os assentamentos, que abrigam cerca de 560 mil israelenses, são considerados ilegais pela maior parte da comunidade internacional, incluindo a UE. A anexação de Jerusalém Oriental por Israel em 1967 também não é reconhecida pela maioria dos países do mundo.
As negociações entre Israel e a UE sobre o Horizon 2020 devem começar nos próximos dias.
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