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O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, considerou neste sábado que um acordo sobre o programa nuclear do Irã em discussão com as potências mundiais é um " erro histórico". "Um acordo agora, nas condições atuais, é um erro histórico que vai permitir que o regime belicoso de Teerã prossiga com o seu perigoso programa nuclear e sua ambição de espalhar o terror e enfraquecer regimes no Oriente Médio e no mundo inteiro", afirmou Yaalon.
Ele pediu que as potências mundiais que negociam com o Irã em Genebra sejam "intransigentes" com a república islâmica, em linha com os comentários do ministro da Justiça israelense, Tzipi Livni. "Não há necessidade para apressar a assinatura de um acordo que não vai atingir seus objetivos, já que um acordo muito mais favorável poderia ser assinado, dado que o Irã está sob pressão ", disse Livni disse em um comunicado.
O acordo proposto - visto como um primeiro passo antes de novas negociações sobre um acordo final - prevê que o Irã congele parte de seu programa nuclear por até seis meses, em troca de algum alívio das sanções econômicas. Diplomatas do grupo P5 +1 (que é formado por Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos, mais a Alemanha) lutaram para garantir o acordo durante negociações deste sábado, em Genebra.
Depois de várias reuniões com os colegas diplomatas, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que ainda há "divergências" sobre algumas questões e apontou para divisões entre as potências mundiais . "Há diferenças de opinião dentro do grupo P5 +1 ", disse Zarif, acrescentando que as negociações não continuaram no domingo se um acordo não fosse alcançado, segundo a agência de notícias iraniana ISNA. "Se não chegarmos a um acordo hoje à noite, as conversações serão retomadas nos próximos sete ou dez dias", afirmou.
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O govenro de Israel é contrário a possibilidade de o Irã fechar um acordo com as potências mundiais. Na sexta-feira, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, alertou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que ele estava oferecendo o Irã "o negócio do século". "Este é um negócio muito ruim, que Israel rejeita totalmente", declarou Netanyahu. Israel, o único país do Oriente Médio com poder nuclear não declarado, vê um Irã com armas nucleares como uma ameaça e não descartou a possibilidade de um ataque militar preventivo.
Os governos ocidentais - e Israel - acusam o Irã de desenvolver uma capacidade militar de armas nucleares sob o disfarce de um programa civil. O governo de Teerã nega qualquer ambição. O Irã abriu conversas com o Ocidente após a eleição, em junho, do moderado Hassan Rouhani, que substituiu o radical Mahmoud Ahmadinejad.
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