Irmão de Chorão começa a organizar memorial na pista de skate

Chorão Skate Park não leva só o nome do cantor como também transborda tudo o que ele vivia, escrevia e cantava. Já na fachada, letras de músicas foram pichadas. Na pista, imagens de Alexandre Abrão, o Chorão, estão espalhadas por todos os cantos. E, para a tristeza dos fãs, familiares e amigos, este ‘memorial’ corre o risco de ser fechado por falta de recursos.

Memorial é a palavra certa. O irmão do cantor, Fabio Abrão, quer transformar o local em um memorial do cantor. “Eu comecei a reunir tudo o que ficou aqui no parque e o que eu tenho do meu irmão para montar um memorial com discos de ouro, escritos, fotos, roupas e skates”, explica.

Para dar andamento ao projeto, Fabio resolveu criar a campanha “Eu Quero Manter o Sonho do Chorão Vivo para arrecadar fundos e ajudar a quitar as pendências financeiras e judiciais do local. “O parque, que virou ponto turístico em Santos e recebeu os maiores nomes internacionais do esporte, não tem mais recursos para continuar em atividade após a morte do cantor”, assim descreveu Fabio, nas redes sociais.

Fabio ainda não tem ideia do que conseguiu arrecadar até agora, mas garante que a campanha repercutiu bastante na imprensa e as pessoas estão se aproximando para ajudar. O pedido é para que os simpatizantes à causa depositem R$ 1 na conta de Fabio para ajudar a manter o Chorão Skate Park aberto.

Segundo o irmão do cantor, além de querer manter o sonho de Chorão vivo, o parque é a única opção de renda da mãe e dos outros irmãos. “É importante frisar que há somente uma conta, um email e somente eu estou tomando conta disso. Não quero que ninguém se aproveite desta situação”, alerta.

O movimento, idealizado por Fabio, Mateus Leandro Marsola e Mariana Moura da Maia, foi abraçado por diversos atores globais como Paulo Vilhena, Fernanda Paes Leme, Mariana Ximenes, Reinaldo Gianecchini, entre outros. Para os idealizadores do movimento, manter o local aberto é uma forma de prestigiar o cantor. “Mais que seu rosto pintado em muros, estátuas, nome em praças, manter o parque aberto seria a maior homenagem ao Chorão”, declara Fabio.