24 de Setembro de 2024 • 10:26
À frente da Orquestra Estatal de Berlim, o maestro argentino de ascendência israelense Daniel Barenboim negociava levar uma das principais orquestras da Alemanha para um concerto em Teerã, capital do Irã. Seria a primeira vez que uma sinfônica ocidental se apresentaria no país.
Os planos, porém, não foram bem aceitos pelo Irã. Nesta sexta (28), o ministro da Cultura iraniano afirmou que o país não receberá a orquestra. "O Irã não reconhece o regime sionista [Israel] e não vai cooperar com artistas desse regime", afirmou o órgão, segundo o jornal israelense "Haaretz".
A empreitada havia sido confirmada na quinta (27) pelo regente, que contava com o apoio do Ministério das Relações Exteriores alemão. A pasta dizia estar disposta a endossar a "dedicação de Barenboim em tornar a música acessível para todas as pessoas, independente das fronteiras de nacionalidade, religião e etnia".
O concerto também não repercutiu positivamente em Israel. Mini Regev, ministra da cultura israelense, afirmou que enviaria uma carta de repúdio à chanceler Angela Merkel, pedindo que ela cancelasse a apresentação.
Na quarta (26), Regev escreveu em sua página no Facebook que a ida de Barenboim ao Irã ameaça os esforços israelenses de prevenir um acordo nuclear e "deslegitima Israel".
Daniel Barenboim recebeu cidadania palestina honorária. O maestro é reconhecido por ter criado uma orquestra em 1999 que reúne jovens músicos de Israel, Egito, Jordânia, Irã, Líbano e Palestinos. Também ficou famoso por seus esforços em realizar uma performance com peças de Wagner, compositor alemão adorado por Hitler, no Estado judeu.
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