Cotidiano

Irã: presidente diz que acordo nuclear irá acontecer

Em discurso transmitido em rede nacional, o chefe de Estado também assegurou que muitas das lacunas no diálogo entre os países "foram eliminados" e que o Irã "conquistou uma vitória significativa"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/11/2014 às 18:43

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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou nesta segunda-feira que as negociações sobre o programa nuclear do país com as nações ocidentais "chegarão a um acordo, cedo ou tarde". Em discurso transmitido em rede nacional, o chefe de Estado também assegurou que muitas das lacunas no diálogo entre os países "foram eliminados" e que o Irã "conquistou uma vitória significativa".

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"Uma fase se refere aos problemas por detrás das cortinas, onde ideias são aproximadas e as conversas ocorrem. Nessa fase, tivemos um bom progresso. A outra fase é quando esses acertos são colocados no papel e se tornam um acordo final. Ainda estamos um pouco distantes dessa segunda fase", afirmou Rouhani.

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O prazo final para que as nações chegassem a um acordo estava marcado para esta segunda-feira, mas os países decidiram postergar as negociações até o ano que vem. Os representantes decidiram que irão acertar os pontos restantes até o dia 1º de março de 2015 e que um acordo final deverá ocorrer quatro meses depois.

O diálogo entre os Estados Unidos, nações aliadas e o Irã enfrenta entraves em questões importantes. Washington demanda que Teerã mantenha apenas 4 mil centrífugas para o enriquecimento de urânio em funcionamento e que seja desativada a estrutura para o enriquecimento na vila de Fordo. Já o Irã está pronto para manter 7 mil máquinas em operação e pretende utilizar suas instalações em Fordo para outros fins.

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Além disso, Teerã quer que as sanções impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia sejam removidas imediata e permanentemente. Os norte-americanos, contudo, querem que as sanções sejam retiradas mas que possam ser reativadas caso o acordo seja descumprido. O Partido Republicano, que conquistou a maioria no Congresso, também se prepara para aprovar novas sanções caso um acordo não seja firmado em 2015.

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