Cotidiano

Irã prepara contratos mais longos e lucrativos para atrair petroleiras de fora

O novo modelo de contrato iria pagar as empresas para aumentar a produção, ter um tempo maior de duração e encorajar joint ventures desde os primeiros estágios de produção

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/06/2015 às 17:36

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O Irã está preparado para oferecer contratos mais longos e mais lucrativos para empresas de petróleo e gás estrangeiras em troca de uma parceria mais próxima com companhias iranianas, disseram autoridades do país, sinalizando como Teerã quer atrair investimento estrangeiro após a eventual conclusão do acordo nuclear.

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O novo modelo de contrato, que o país discutiu com empresas estrangeiras mas ainda não revelou completamente, iria pagar as empresas para aumentar a produção, ter um tempo maior de duração e encorajar joint ventures desde os primeiros estágios de produção, disse Ali Kardor, vice-presidente de investimento da National Iranian Oil.

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Como contrapartida, as empresas estrangeiras devem transferir tecnologia e expertise de gerenciamento a seus parceiros iranianos.

"Eles terão incentivo para produzir mais, e para transferir a tecnologia", disse Kardor.

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O Irã é dono da quarta maior reserva de petróleo e gás do mundo. Caso o acordo nuclear seja firmado até o dia 30 de junho, as sanções que impedem essas reservas de serem exploradas a contento poderão ser retiradas, abrindo caminho para a exploração. A indústria petroleira iraniana espera que o investimento estrangeiro traga consigo novos métodos de exploração.

Segundo Amir Zamaninia, vice-ministro de petróleo, o país precisa de mais de US$ 185 bilhões em investimento nos próximos seis anos. Zamaninia deixou a equipe de negociação do acordo nuclear há cinco meses para cuidar das tratativas com dezenas de petrolíferas que espreitam oportunidades no Irã.

Os novos contratos, que devem cobrir entre 34 e 74 poços de extração, podem durar até o final da vida útil do campo, cerca de 30 anos, e ter uma remuneração de acordo com o nível de produção, disse Kardor. Contratos anteriores tinham tempo de duração de seis anos, e não previam parcerias nos estágios iniciais.

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Segundo o ministério de Petróleo, uma vez que as sanções sejam retiradas, os contratos podem ser assinados em até seis meses. Enquanto isso, a estatal iraniana de petróleo vem conduzindo testes para sabe quanto tempo demoraria para reativar alguns poços. Foram estes testes que levaram o atual ministro de petróleo, Bijan Namdar Zangeneh, a afirmar que o país pode extrair até 1 milhão de barris adicionais por dia em seis meses.

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