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Um sobrevivente da queda do avião iraniano que matou 39 pessoas disse nesta segunda-feira que um dos motores da aeronave turboélice parou de funcionar logo após a decolagem. Segundo Mohammad Abedzadeh, o avião só esteve no ar durante três minutos. Ele conta que olhou para fora da janela e pôde ver que um dos motores não estava funcionando.
O sobrevivente afirma que tentou socorrer as outras vítimas, mas o fogo que cobria o local do acidente queimou suas mãos e seu rosto. "Tudo aconteceu em segundos. Foi como um filme. Eu ainda não acredito".
"O povo iraniano merece saber mais. Não merece sofrer com a queda de aviões", disse Abedzadeh, que sobreviveu junto com sua mulher. "Eu não tenho nada a ver com política. Como um ser humano, eu quero que todas as sanções que afetem as aeronaves de passageiros sejam suspensas. Nós estamos falando sobre vidas humanas, não política".
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As frotas das empresas aéreas da república islâmica sofrem com a defasagem dos aviões e com a dificuldade de importar peças, mesmo com a redução das sanções econômicas impostas contra o programa nuclear iraniano. Alguns legisladores questionam o uso do avião IrAn-140, uma aeronave turboélice de dois motores construída com tecnologia ucraniana a partir de um modelo da era soviética. O presidente do país, Hassan Rouhani, mandou prender os críticos até que as investigações determinem a causa do incidente.
O comandante da aviação civil iraniano, Ali Reza Jahangirian, confirmou em entrevista à emissora de televisão estatal que um dos motores do avião parou de funcionar, mas, de acordo com ele, a aeronave deveria ter sido capaz de voar mesmo assim. Jahangirian informou que as causas do acidente serão determinadas assim que especialistas analisarem os dados das caixas pretas.