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O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse hoje que seu país está pronto para chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano durante as conversas que ocorrerão amanhã em Genebra, durante a segunda rodada de negociações entre o governo do Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Zarif, que concedeu uma série de entrevistas à imprensa francesa durante uma visita de dois dias a Paris, não ofereceu detalhes sobre como um acordo poderia ser alcançado.
A viagem do ministro tem o objetivo de reduzir as pressões de países como França e Estados Unidos, que continuam cautelosos em relação à disposição de Teerã para fornecer garantias concretas de que seu programa nuclear não será usado para fins militares. Amanhã, Zarif vai se reunir com negociadores dos EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha para discutir o programa nuclear iraniano. "Nós podemos concluir isso esta semana em Genebra", disse o ministro ao diário francês Le Monde, em entrevista publicada nesta quarta-feira. "Se não for esse o caso, não é um desastre desde que façamos progressos", acrescentou.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em visita a Israel, ouviu hoje um apelo direto do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu contra o desejo do governo Obama de fazer uma pausa antes de propor novas sanções contra o Irã. Durante encontro com Kerry, o premiê israelense afirmou que as pressões sobre o governo iraniano "devem ser mantidas e até ampliadas" antes da segunda rodada de negociações previstas para amanhã, em Genebra.
O governo Obama tem dito que quer fazer uma pausa antes de adotar novas sanções contra o Irã para permitir maior flexibilidade nessas negociações. Durante a visita a Israel, Kerry não abordou a questão das sanções, mas repetiu que os EUA não permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares.
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As lideranças mundiais que participam das conversas buscam chegar a um acordo que congele o programa nuclear do Irã em troca de algum alívio nas sanções econômicas que vêm castigando o país. Em particular, os líderes ocidentais pretendem convencer o governo iraniano a parar de enriquecer urânio em quantidades suficientes para produzir uma arma nuclear. As autoridades iranianas, entretanto, insistem que o programa nuclear do país, incluindo o enriquecimento de urânio, é para uso civil e pretendem pôr fim às sanções que paralisaram as indústrias bancária e de petróleo do país.
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