Cotidiano

Interpol invade sedes de empresas argentinas investigadas no escândalo da Fifa

operação desta sexta-feira, ordenada pelo juiz federal Claudio Bonadio, aconteceu nas sedes das empresas Torneos y Competencias e Full Play Group

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/05/2015 às 19:42

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Agentes da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e da Polícia Federal da Argentina invadiram, nesta sexta-feira, em Buenos Aires, as sedes das duas empresas locais que são investigadas no escândalo de corrupção que abala a Fifa. A Justiça argentina já expediu mandado de prisão contra os proprietários dessas empresas, mas os três empresários estão foragidos.

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A operação desta sexta-feira, ordenada pelo juiz federal Claudio Bonadio, aconteceu nas sedes das empresas Torneos y Competencias e Full Play Group, ambas acusadas pela Justiça dos Estados Unidos de pagar US$ 100 milhões em subornos para dirigentes da Conmebol pelos direitos de transmissão e de exploração da Copa América e da Copa Libertadores.

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Os respectivos proprietários das empresas, Alejandro Burzaco, Torneos y Competencias, Hugo e Mariano Jinkis, da Full Play, são considerados fugitivos. Seus advogados tentam um habeas corpus para que eles não precisem ir para a prisão enquanto o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos é analisado.

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina recebeu na última quarta-feira um pedido dos Estados Unidos de "prisão preventiva para extradição" dos três argentinos. O chefe de gabinete, Aníbal Fernandez, insistiu que "se investigue até o fim" as acusações de corrupção envolvendo dirigentes da Fifa.

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Ele indicou que a Administração Federal da Receita Pública e a Inspeção Geral de Justiça "tomarão as medidas para ver quem prejudicou" a Argentina, afirmando que "atos ilícitos também pagam impostos".

Torneos y Competencias, dona do direito de transmissão de várias edições da Copa América e outras competições, negou "qualquer participação da empresa e seu presidente nas denúncias". O destino do seu proprietário é desconhecido. O advogado dos Jinkis diz que eles estão na Argentina.

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