Cotidiano

Internautas se mobilizam em 'defesa de todas as famílias'

Mobilização é contra o Projeto de Lei 6.583, chamado de Estatuto da Família, que pretende oficializar como "família" apenas núcleos formados a partir da união entre um homem e uma mulher

Publicado em 25/02/2015 às 12:40

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Milhares de pessoas participaram na terça-feira, 24, de um "facebookaço" e de um "tuitaço" contra o Projeto de Lei 6.583, chamado de Estatuto da Família, que pretende oficializar como "família" apenas núcleos formados a partir da união entre um homem e uma mulher. Apresentado em 2013 pelo deputado evangélico Anderson Ferreira (PR-PE), o projeto acaba de ser desarquivado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e tem por objetivo impedir que casais homossexuais adotem crianças.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Ao meio-dia de ontem, internautas de todo o País lançaram a iniciativa nas redes sociais usando a hashtag #emdefesadetodasasfamílias. Ao blog do Estadão Ser Mãe É Padecer na Internet, de Rita Lisauskas, o jornalista Gilberto Scofield Jr. divulgou um depoimento sobre a adoção, por ele e seu parceiro, de um menino de 4 anos.

Internautas de todo o País lançaram a iniciativa nas redes sociais usando a hashtag #emdefesadetodasasfamílias (Foto: Divulgação)

"Antes de nós, três casais heterossexuais já haviam visitado PH no abrigo e o rejeitaram: dois porque o acharam 'feio'. O terceiro porque PH era 'negro demais'. Hoje, nós completamos quatro meses com ele no Rio, em nossas vidas. Ele está na pré-escola e não poderia estar mais feliz com as novidades da nova vida", afirmou Scofield Jr.

Continua depois da publicidade

O jornalista recorda que há estudos que provam que crianças criadas por casais homossexuais não diferem em nada daquelas que vivem com casais heterossexuais.

Ele ainda manda um recado para o presidente da Câmara dos Deputados. "Não, deputado Eduardo Cunha. A paternidade virtuosa não é um monopólio da heterossexualidade. E caso a sua religião não pregue a tolerância (Cunha é evangélico), preste atenção a um fato muito simples: toda criança adotada por um casal de gays ou de lésbicas foi abandonada, espancada, negligenciada por um casal heterossexual, esse mesmo que o senhor julga ser o único capaz de criar filhos 'normais'."

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software