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Problema enfrentado por quem tenta entrar ou sair de Santos, o alagamento na entrada da cidade pode deixar de existir a partir de 2016. A Prefeitura iniciou ontem, obras para a implantação de galeria de drenagem na Avenida Martins Fontes, no Saboó.
Os trabalhos fazem parte do programa de macrodrenagem ‘Santos Novos Tempos’ e estão divididos em duas etapas. A primeira, com prazo de 30 dias, visa a remoção de duas adutoras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que estão sob o asfalto. Responsáveis pelo abastecimento de água no Saboó, elas serão remanejadas. As intervenções ocorrem das 9 às 16h, na faixa da direita da Avenida Martins Fontes, sentido Centro-São Paulo.
“Nesse trecho vai ser implantada a nova galeria de captação de água que vai ligar a Rua Caraguatatuba ao Rio Lenheiros. A primeira fase dessa obra é retirar as interferências. Primeiro são as adutoras da Sabesp que existem aqui desde o século passado. Depois, vamos fazer a obra em si. É uma obra que vai demandar em torno de 30 dias para causar o menor transtorno possível”, explicou o secretário adjunto de Infraestrutura e Edificações, Nilson Barreiro.
As adutoras possuem 360 metros e estão enterradas a cerca de 2 metros. Na sequência, tem início a segunda fase. Com previsão para início em março, ela consiste na instalação de novas adutoras, com 4 metros de largura e 2 metros de diâmetro, que interligarão a galeria do Saboó até a estação de bombeamento. Essa obra deve durar cerca de 8 meses e interditará a Avenida Bandeirantes.
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“A Avenida Bandeirantes será interditada porque essa adutora toma 4 metros da pista, então ela será toda feita no local. Vamos parar a pista e trabalhar com o fluxo de veículos ao lado (na Avenida Martins Fontes)”, disse o secretário.
Barreiro garantiu que as intervenções não irão comprometer o fornecimento de água para o bairro. “Estamos fazendo a obra paralela para não ter esse tipo de interrupção. As adutoras estão funcionando a plena carga. Vamos fazer a adutora nova, o desvio e vamos interligar. Depois eliminamos as antigas”.
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‘Santos Novos Tempos
Responsável pelo programa ‘Santos Novos Tempos’, o engenheiro Marcio Lara ressaltou que a Administração Municipal não irá esperar a conclusão da obra para solucionar a questão do alagamento na entrada da cidade.
“A Prefeitura não está esperando as obras ficarem prontas. Ela está desenvolvendo uma série de medidas adicionais que envolvem desassoreamento das galerias existentes na Avenida Martins Fontes, retirada e limpeza da tubulação da Avenida Nossa Senhora de Fátima, limpeza e retirada de lixo e entulho na ocupação irregular Vila Alemoa, desassoreamento do antigo Rio Furado, limpeza adicional nas valas laterais da Via Anchieta, novas travessias sob a galeria da marginal da Via Anchieta. Ou seja, uma série de medidas adotadas que envolvem a retirada de 250 toneladas por mês de entulho de nossas galerias”, comentou o engenheiro.
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Questionado sobre o prazo para a conclusão das obras, Lara comparou a complexidade do programa à construção dos canais de Santos. “Nós comparamos o ‘Santos Novos Tempos’ com outros programas grandes que aconteceram no Brasil e no mundo. Os canais de Santos levaram 20 anos entre o planejamento do Saturnino de Britto, em 1904 e a conclusão dos canais, na década de 30. Só para dar um exemplo histórico da nossa Cidade como é a complexidade de fazer obras desse tipo. Outros exemplos, como o programa Serra do Mar, entre o planejamento e a implantação, levou um tempo similar, e o programa Onda Limpa que começou no Governo Mário Covas e as obras estão sendo concluídas agora”.
O ‘Santos Novos Tempos’ teve início em 2006. A primeira fase deve estar pronta em três anos. A segunda etapa, já em licitação, tem prazo para a conclusão de 36 meses após a contratação da empresa. Já a última parte do programa possui o projeto executivo, mas ainda não abriu licitação.
O engenheiro também falou sobre a interligação entre Santos e São Vicente. Ele disse que a galeria construída na Avenida Haroldo de Camargo irá captar parte do volume de água das chuvas no Jardim Guassu.
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“As obras da galeria da Avenida Haroldo de Camargo já foram dimensionadas para receber as águas de chuva desde a Rua Américo Martins dos Santos até a metade do conjunto Costa e Silva, que é chamado popularmente de Divineia. Nós vamos coletar essas águas. Atualmente, nós temos o problema adicional de escoamento das águas de chuvas desses bairros porque o valão existente da Avenida Haroldo de Camargo está assoreado, portanto, não escoa. Mas, os moradores de São Vicente podem ficar tranquilos porque estamos integrados para coletar as águas de chuva desses bairros”, concluiu Lara.
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