Cotidiano

Indústria fecha 120 postos de trabalho na Baixada Santista

Pesquisa de nível de emprego da Fiesp/Ciesp foi divulgada ontem. A indústria de máquinas e equipamentos demitiu 2.505 empregados em março

Publicado em 17/04/2014 às 11:01

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A indústria fechou 120 postos de trabalho na Baixada Santista no mês de março, segundo a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, da Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). 

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O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp em Cubatão — região composta pelos municípios de Cubatão, Guarujá e Bertioga — apresentou resultado negativo em março. A variação ficou em -0,82%, o que significou uma redução de aproximadamente 100 postos de trabalho.

Já no acumulado do ano houve um acréscimo de 2,54%, aproximadamente 300 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -2,23%, representando uma redução de cerca de 300 postos de trabalho.

O índice foi influenciado pelas variações positivas dos setores de produtos químicos (-1,85%), coque, petróleo e biocombustíveis (-0,80%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-0,62%), que são os setores que mais influenciam o cálculo do índice total na região.

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O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp em Santos — região composta por seis municípios: Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe — apresentou queda de -0,21% em março, o que significou uma redução de aproximadamente 20 postos de trabalho.

No ano, o acumulado foi de -2%, representando uma redução de aproximadamente 150 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -2,32%, representando redução de aproximadamente 200 postos de trabalho.

Redução de 100 postos de trabalho na região de Cubatão, Guarujá e Bertioga (Foto: Luiz Torres/DL)

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O índice foi influenciado pelas variações negativas dos setores de produtos alimentícios (-1,43%), impressão e reprodução de gravação (-1,20%), produtos de minerais não metálicos (-1,10%) e produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (-0,38%), que são os setores que mais influenciam o cálculo do índice total da região.

Na comparação dos meses de março de 2013 e 2014, o cenário é pior, pois no mesmo período do ano passado o resultado foi positivo em 0,26%.

Estado todo

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Segundo a pesquisa, o setor sucroalcooleiro contratou 8.656 empregados em março, mas a indústria de transformação demitiu 2.656 funcionários, resultando nos seis mil do mês em todas as regiões do Estado pesquisadas.

“Nos absolutos da variação mensal você tem os positivos que são açúcar e álcool. Porém, o que preocupa são os negativos porque eles estão muito próximos à indústria automobilística, seja do próprio setor que inclui montadoras e autopeças, seja de setores muito próximos como o de borracha e plástico”, explicou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini.

De acordo com a pesquisa, elaborada pelas entidades, a indústria de produtos de borracha e de material plástico demitiu 1.082 funcionários em março, já o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias fechou 1.512 postos de trabalho.

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“Outro setor que é sempre foco da nossa atenção é o de máquinas e equipamentos, que apresentou também um valor negativo no mês”, disse o diretor. A indústria de máquinas e equipamentos demitiu 2.505 empregados em março.

Usinas

O segmento de produtos alimentícios contratou 8.414 novos funcionários. Francini explicou que boa parte corresponde às usinas de açúcar e álcool no interior do Estado. “É um resultado que, juntando-se a outros, é sem grande emoção, tanto do lado da euforia como do lado da tristeza”, esclareceu o diretor do Depecon.

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Resultados

Nos primeiros três meses do ano, a indústria paulista criou 20 mil vagas de trabalho, com uma variação absoluta positiva em 0,78%, mas no acumulado de 12 meses, ou seja, março deste ano versus março de 2013, o setor manufatureiro paulista fechou 50,5 mil postos de trabalho, o equivalente à taxa negativa em 1,9%. 

“Eu diria que, pelo seu significado, os (resultados) negativos falam mais do que os positivos. E falam coisas ruins com relação à expectativa futura”, alerta Francini.

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