Cotidiano

Indústria demite 17 mil em março no Estado de São Paulo

Resultado é o pior em 10 anos, segundo Fiesp e Ciesp. O resultado foi influenciado pela contratação abaixo da média por parte do setor sucroalcooleiro

Publicado em 17/04/2015 às 10:40

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A indústria de São Paulo demitiu 17 mil trabalhadores em março, o pior da série histórica da pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). O resultado foi influenciado pela contratação abaixo da média por parte do setor sucroalcooleiro.

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“Em 2014, foram gerados mais de oito mil empregos no campo. Este ano só 1,4 mil. Portanto, não tivemos a parcela positiva de usinas de açúcar e álcool”, avalia Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, responsável pela pesquisa de emprego no estado.

Segundo ele, a situação atual, pela qual o setor passa, é muito ameaçadora para o emprego, “uma vez que há um número razoável de empresas em recuperação judicial”.

Na leitura com ajuste sazonal, o emprego na indústria caiu 0,88% em março ante fevereiro. No acumulado do ano, o setor manufatureiro fechou 23 mil vagas. Mas o número mais preocupante para as entidades é o fechamento de 173 mil postos na indústria na comparação de março de 2014 com março de 2015. “Março comparativamente ao mesmo mês do ano passado teve 6,54% a menos de emprego. E nos coloca na rota de um 2015 certamente negativo na geração de empregos na indústria de transformação”, acrescenta.

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A Fiesp e o Ciesp estimam que o mercado paulista deve encerrar este ano com uma queda de ao menos 5%. A indústria de máquinas e equipamentos foi a que mais demitiu em março — menos 7.380 vagas em todo o Estado.

A indústria de São Paulo demitiu 17 mil trabalhadores em março (Foto: Agência Brasil)

Números de março

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No mês passado, as demissões na indústria chegaram a 18.423, mas uma pequena parte da cifra foi anulada pela contratação de 1.423 trabalhadores pelo setor de açúcar e álcool. 

Apesar de contratar, o setor sucroalcooleiro sinalizou um arrefecimento no mercado se comparado com anos anteriores. Em 2014, foram admitidos por usinas 8,6 mil trabalhadores.

O emprego industrial já caiu 0,93%, na leitura sem ajuste sazonal, de janeiro a março deste ano. Este é o pior resultado da série histórica da pesquisa com exceção dos resultados de 2009, quando o mercado de trabalhou encolheu 2,34% durante o mesmo período.

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Setores e Regiões

Dos 22 setores avaliados pela pesquisa, 18 registraram baixa no emprego.

Santos também se destacou com uma queda de 1,79%, influenciada pela baixa nos setores de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-15,07) e de impressão e reprodução de gravações (-3,75%).

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