Cotidiano

Indígena do litoral de SP vai representar o Brasil em festival internacional

O vídeo da pequena Jetá Reté Mirim, conhecida como Suriyumi, foi selecionado no Festival de Vídeo para Juventude Plural+

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 21/11/2024 às 19:33

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O vídeo também é importante por valorizar a cultura / Arquivo Pessoal

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O vídeo da pequena Jetá Reté Mirim, conhecida como Suriyumi, foi selecionado no Festival de Vídeo para Juventude Plural+, iniciativa da Organização Internacional da Migração (OIM), a ser realizado no dia 25 a 27 deste mês, em Portugal. O festival faz parte da 10ª edição do Fórum Global da Aliança das Civilizações das Nações Unidas (do inglês, Unaoc).

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O vídeo que ela fez, chamado de “Mundos Cruzados” fala principalmente da importância dos povos originários e pede apoio na luta por justiça, igualdade e respeito. Durante os quase quatro minutos da película, ela pontua situações que tem enfrentado como o racismo, violência, xenofobia e marginalização:

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“Muitas vezes, na escola e na sociedade, fui tratada como inferior, suja e até mesmo alvo de agressões físicas simplesmente por ser quem eu sou, uma indígena orgulhosa da minha cultura e de minhas raízes”, disse ela.

O vídeo também é importante por valorizar a cultura, a ancestralidade e divide essa relevância com todos os povos originários:

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“Nós, os povos indígenas, lutamos não só por nossos direitos básicos mas também pela preservação dos nossos territórios que são essenciais não apenas para a nossa sobrevivência, mas também para o equilíbrio ecológico de todo o planeta. É imperativo que reconheçamos a importância dos povos originários na luta pela preservação ambiental e pela construção de um mundo mais consciente e sustentável”.

Suriyumi, além de indígena da etnia Guarani, da aldeia Piaçaguera em Peruíbe, é artista visual, modelo e viaja nesta sexta (22) rumo ao velho continente, com a intenção de levar a  história dos povos originários, além da sua  própria história “ que muitas vezes são desconhecidas ou  distorcidas em um mundo inundado de clichês e preconceitos” e disse ainda que quer dar visibilidade ao povo indígena e a outros povos que sofrem com desigualdade:

“Represento não só a minha própria voz, mas a de muitos que ainda lutam por reconhecimento e justiça”

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