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O índice que mede o volume de água armazenado no Sistema Cantareira registrou novo recorde negativo nesta quinta-feira, 13, atingindo apenas 15,6% da capacidade total dos seus reservatórios. Pelo segundo dia consecutivo, houve queda de 0,1 ponto porcentual no nível das reservas. Essa é a pior marcar registrada desde o início da operação do sistema, em 1974. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), há exatamente um ano o volume de água no Cantareira era de 58,4%.
A contínua queda nos níveis dos reservatórios permanece mesmo com o maior volume de chuvas observado em março. Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada sobre a região do sistema até a data de hoje soma 112,7 milímetros, o equivalente a 61% da média prevista para o mês. Em janeiro e fevereiro, as chuvas não chegaram a 40% da média histórica mensal.
O índice do Alto Tietê se manteve estável, em 38,5%, enquanto o do Guarapiranga subiu de 72,8% para 74% nesta quinta. Para manter o abastecimento de água na Grande São Paulo, a concessionária anunciou que irá transferir para os dois sistemas o abastecimento de até 3 milhões dos 8,8 milhões de consumidores atendidos pelo Cantareira.
Ontem, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Sabesp, Rui de Britto Affonso, classificou a atual situação como uma crise conjuntural e descartou a possibilidade de um racionamento de água na Grande SP. "A Sabesp não trabalha com (a possibilidade de) racionamento. Estamos fazendo tudo para evitar", afirmou o executivo.
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Segundo Affonso, um corte no abastecimento seria danoso não apenas aos consumidores, mas também ao equilíbrio financeiro da companhia. "Quem fala em racionamento não entende que essa é uma medida extremamente danosa para o consumidor e para a indústria. Os gastos para evitar (o corte) serão menores do que os gastos de um racionamento".
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