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Pela primeira vez, a operadora de trens de passageiro americana Amtrak poderá pagar uma indenização de US$ 200 milhões pelo acidente ocorrido na Filadélfia (EUA). No entanto, o valor pode ser muito baixo para cobrir os custos das oito vítimas fatais e de mais de 200 feridos no descarrilhamento do trem na semana passada.
O limite da indenização para um único passageiro de acidente ferroviário foi resultado de um esforço final, em 1997, para aprovar uma lei que iria resgatar Amtrak da ruína financeira e ajudá-la um dia a se tornar independente. Ajustado pela inflação que a lei não considera, o valor será de pouco menos de US$ 300 atualmente. E a Amtrak ainda está longe ser uma empresa independente.
Uma revisão feita pela Associated Press de casos ocorridos no passado descobriu que a Amtrak nunca foi obrigada a pagar a indenização de US$ 200 milhões para um incidente ferroviário de passageiros. O acidente na Filadélfia poderá ser a primeira vez que o limite máximo de responsabilidade - projetado especificamente para Amtrak - será realmente aplicado à companhia.
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Ainda não se sabe qual valor os custos das vítimas fatais e dos feridos no acidente, ocorrido na terça-feira passada, poderá alcançar.
O trem, que deixou Washington com destino à Nova York, estava com velocidade duas vezes superior à permitida em uma curva, quando descarrilou não muito tempo depois de ter parado na estação da rua 30, da Filadélfia. Os investigadores ainda não determinaram por que o trem estava viajando tão rápido.
Na sexta-feira, um funcionário da Amtrak entrou com a primeira ação judicial, pedindo mais do que US$ 150 mil em prejuízos. Funcionários da Amtrak não estão sujeitos ao limite de US$ 200 milhões porque ele só se aplica aos passageiros.
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