Cotidiano

Incerteza e insegurança na Praça da Paz, em Santos

Moradores reclamam de problemas ocasionados por obra paralisada em bairro da Zona Noroeste

Publicado em 04/07/2015 às 11:15

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A Praça da Paz Universal, no Jardim Castelo, em Santos, já foi palco de diversas atividades culturais e recreativas. No entanto, há mais de um ano, quando as obras de revitalização do espaço tiveram início, o local tem sido utilizado por desocupados e usuários de drogas. Preocupados com a situação do equipamento, moradores do entorno reclamam do abandono da obra e da falta de segurança.

“Depois que começaram essa obra tudo mudou. Faz um ano e dois meses que ela está aí e não termina. A informação é de que não tem previsão de acabar. Ninguém anda mais sossegado. Assalto acontece a qualquer hora do dia. Faz uns dias, duas senhoras foram assaltadas por dois moleques de bicicleta. A noite fica tudo escuro”, disse Edison Ferreira.

O motorista mora no local há 40 anos. Segundo ele, a liberdade de outrora já não existe mais. “Não temos liberdade de levar as crianças para brincar na praça. Não dá. Não é só a questão da segurança. Está tudo quebrado. Quando chove fica cheio de lama. Quebraram a calçada e uma idosa caiu e se machucou”, disse Ferreira. O morador ressaltou que alguns postes de luz foram retirados e outros estão sem iluminação.

Ainda de acordo com os moradores, os desocupados abrem os tapumes da obra e entram se abrigam nas construções. “Tem desocupado que abre a obra e fica lá. Se vejo fumando maconha eu chamo a atenção. Antes dava para levar as crianças para brincar. Hoje nem na rua dá mais. Na praça tem muito usuário de drogas”, disse Maria Aparecida Oliveira.

A doméstica trabalha em uma casa próximo à Praça da Paz Universal há 19 anos. Ela disse que já entrou em contato com a Prefeitura diversas vezes para reclamar da situação do local. “Liguei na ouvidoria para falar da calçada que eles quebraram e não arrumaram e estava cheia de lama. Acho que tanto encher o saco eles vieram consertar. Mas não adianta. Quebraram tudo. Está tudo abandonado. Disseram que vão mandar uma carta para responder a minha reclamação”, relatou.

Outros moradores relataram a proliferação de carrapatos provocada pela presença de cavalos na praça. Eles também ressaltaram a falta de iluminação na região do Sambódromo da Zona Noroeste, que fica próximo à Praça da Paz Universal, e a retomada da obra. “Está em ritmo lento. Tem um ou dois ‘peão’ trabalhando lá”, disse um deles.

“Não queríamos essa obra. Queríamos que a praça ficasse do jeito que ela era: aberta. Na época, os moradores fizeram abaixo-assinado, mas não adiantou. Agora a obra está parada. Disseram que a verba acabou”, disse o motorista Iran Rodrigues de Oliveira.

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Obra teve início há mais de um ano (Foto: Divulgação)

Sem prazo

A Prefeitura de Santos informou que a obra ficou paralisada desde 10 de fevereiro devido à falta de repasse de verba do Governo Federal e que retomou a reurbanização no último dia 18 de maio. Segundo a Administração Municipal, neste momento, os trabalhos estão concentrados na quadra poliesportiva, e a conclusão dos serviços estão sujeitos a continuidade do repasse verbas.

Ainda de acordo com a Prefeitura, o prédio que abrigará o Cras (Centro de Referência e Assistência Social), na Praça da Paz Universal, está 75% concluído e a pista de caminhada está pronta. O projeto prevê local para prática desportiva, lazer, cultura e atendimento social, circundado por extensa área verde com toda infraestrutura em uma área de 11 mil m².

Com relação à falta de iluminação, a Prefeitura informou que os quatro postes que estavam apagados na Praça da Paz Universal foram religados na última quarta-feira. O sambódromo teve fios furtados duas vezes, em maio e junho.

Já foram religados quatro postes com fiação aérea. A obra tem custo total de R$ 4,49 milhões, sendo R$ 3,5 milhões verba do Governo Federal, via PAC Praças. A contrapartida da Prefeitura é de R$ 993 mil.

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