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Um incêndio florestal agravado por uma repentina tempestade de vento matou 19 bombeiros no Estado norte-americano do Arizona.
Segundo autoridades locais, os bombeiros tinham treinamento especial para lidar com situações como a ocorrida no domingo, mas não conseguiram escapar das altas temperaturas e do fogo depois de serem cercados pelo incêndio.
Foi o dia mais letal para o Corpo de Bombeiros nos EUA desde os atentados 11 de setembro de 2001 e a operação de combate a incêndios florestais com maior número de baixas em 80 anos.
As chamas começaram a se alastrar na sexta-feira e se espalharam por uma área de cerca de 2.000 acres (809 hectares) no domingo, em meio a uma mistura de altas temperaturas, baixa umidade e condições adversas de vento.
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Os bombeiros faziam parte da unidade especial Granite Mountain Hotshots, com base na pequena cidade de Prescott.
Apenas um dos bombeiros do grupo sobreviveu. Ele manobrava um caminhão da unidade de combate às chamas quando seus colegas foram surpreendidos pelo fogo trazido por uma súbita rajada de vento.
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O vento, que fez o fogo se espalhar por um raio de 8 mil metros quadrados, destruiu 50 casas e ameaçou outras 250 nos arredores de Yarnell, pequeno vilarejo de 700 habitantes, distante cerca de 137 quilômetros a noroeste de Phoenix, a maior cidade do Arizona.
Amontoados em abrigos, os moradores assistiram pela TV o fogo queimar suas casas, enquanto as chamas iluminavam o céu.
Não ficou claro como os bombeiros ficaram presos no incêndio. As autoridades informaram que a equipe seguia os protocolos de segurança, mas foi cercada pelo fogo dada a natureza errática das chamas.
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Segundo Brian Klimowski, meteorologista do Serviço Nacional Flagstaff, no momento da tragédia houve uma mudança de curso e um aumento repentino da velocidade do vento.
"Foi o dia mais sombrio de que posso me lembrar", disse a governadora do Arizona, Jan Brewer. Ela ordenou que as bandeiras dos EUA em todo o Estado fossem baixadas a meio mastro.
"Nós estamos com o coração partido", declarou o presidente dos EUA, Barack Obama, em visita à África.
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